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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado da Época do Ferro Povoado fortificado
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Descrição
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Tem três linhas de muralha que envolvem todo o povoado e que parecem de feitura castreja (Época do Ferro). A muralha mais exterior, pelo lado nascente e antes da abertura do caminho que liga a estrada da Franqueira à freguesia de Milhazes, tinha a reforça-la um largo fosso. Entre esta muralha e a seguinte, mais interior, existem, do lado O, os alicerces de cerca de 10 casas castrejas, algumas circulares e outras de planta oval. Algumas possuem vestíbulo e lareira. A E, de ambos os lados da segunda muralha, existem também vestígios de casas circulares e rectangulares. No interior do recinto superior, localiza-se a torre de menagem do castelo medieval, de planta quadrangular, bem como vestígios de muros adossados à muralha, que poderão ser restos dos paços do alcaide. Entre esta muralha e a seguinte, mais abaixo, levanta-se um talude que sustenta as terras do socalco superior. |
Acessos
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EN 205, EM de acesso ao Carvalhal, continuando, à saida da povoação, no acesso ao castelo e Ermida de N.ª S.ª da Franqueira no cimo do monte; Fl. 69 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 40 684, DG, 1ª Série, nº 146, de 13 julho 1956 |
Enquadramento
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Rural. Localiza-se num outeiro íngreme e rochoso na encosta NO do monte da Franqueira, revestido de densos pinhais. Domina toda a foz do rio Cávado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DRCNorte, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
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Idade do Ferro / Séc. 12 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Idade do Ferro - ocupação do povoado; séc. 12 - primeiras referências documentais ao castelo de Faria; 1128 - em conjunto com o castelo de Neiva foram os primeiros a ser tomados pelo infante D. Afonso Henriques na revolta contra a sua mãe D, Teresa; 1373 - foi palco do episódio de Nuno Gonçalves, nas lutas contra Castela; 1400 - D. João I doou-o a D. Gonçalo Telles de Meneses que mandou pôr no Castelo as suas armas de 3 flores-de-lis; séc. 16 - já em ruinas as suas pedras são aproveitadas para a construção do convento do Bom Jesus do Monte da Franqueira; 1992, 01 Junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes |
Materiais
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Granito |
Bibliografia
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Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Lisboa, 1993, vol. II, Distrito de Braga, p. 18; FONSECA, Teotónio da, O Concelho de Barcelos Aquém e Além Cávado, Barcelos, 1987, vol. II, p. 184 - 186; ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de, Barcelos. Castelo de Faria 1982 - 83, Informação Arqueológica, 5, Lisboa, 1985, pp. 50 - 52 e Castelo de Faria. Campanha de escavações de 1981, Barcellos - Revista, vol. I, nº 1, Barcelos, 1982, pp. 79 - 88; COSTA, A.G.; FARIA, A. M.; CARVALHO, J. S., Sondagens arqueológicas no concelho de Barcelos: Abade de Neiva, Faria, Roriz, Seminário de Arqueologia do Noroeste Peninsular (Guimarães, 1978), Guimarães, 1980, 2, pp. 15 - 22; ALMEIDA, C. A. Ferreira de, Castelogia Medieval de Entre-Douro-e-Minho, Porto, 1978, p. 36 e EST. IX; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, p. 259; Boletim do Grupo dos Alcaides de Faria, Barcelos, 1948, nº 1 e 2; |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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DGEMN: DSID |
Intervenção Realizada
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1929 - escavações realizadas pelo grupo Alcaides de Faria; 1936 - 40 - novas escavações e reconstrução de troços de muralha e da torre de menagem relizadas pelo grupo Alcaides de Faria; 1939 - trabalhos de reconstrução da muralha, refechamento das juntas e limpeza de cantarias, remoção e transporte de entulhos resultantes; 1978 - trabalhos de limpeza orientados pelo Campo Arqueológico da Universidade de Braga; 1981-85 - escavações arqueológicas realizadas por Brochado de Almeida e Teresa Soeiro da Faculdade de Letras da Universidade do Porto |
Observações
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Foi cenário do heróico episódio do alcaide-mor Nuno Gonçalves que feito prisioneiro pelos castelhanos em 1373, foi levado à frente do Castelo para forçar a rendição do filho que amaldiçoou se não resistisse aos invasores. Retalhado de golpes, pereceu diante do Castelo que não se rendeu. As armas de 3 flores-de-lis pertenciam ao Conde de Faria. O grupo Alcaides de Faria detém o espólio das escavações realizadas na década de 30. |
Autor e Data
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Isabel Sereno / Paulo Dordio 1994 |
Actualização
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