|
Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre
|
Descrição
|
Edifício de planta composta, em L, de três pisos, com 1 corpo maior cuja fachada principal é virada a S., e um corpo menor, a poente daquele. Volumes articulados com cobertura em telhados diferenciados, de quatro águas (corpo principal) e uma água. A fachada orientada a S. é simétrica e rasgada no r/c segundo sete vãos alinhados com os do 1º piso e 2º piso. No último piso sete janelas de sacada das quais, seis encimadas por frontões quebrados, e a central mais alta com moldura rectilínea flanqueada por volutasna zona inferior. No r/c três portas sendo a principal ao eixo da fachada encimada por pedra de armas em granito. A fachada estreita do corpo menor virada ao Lg., possui no último piso e no r/c duas amplas aberturas de arco de volta perfeita, entre as quais se desenha uma porta de desenvolvimento orgânico como as da fachada principal. O INTERIOR é dominado no corpo principal, por uma escadaria central, que ocupa com o hall a profundidade total do Palácio, sendo de dois lanços paralelos, que se avistam da entrada, até ao patamar do 2º piso, e de lanço único daí ao 3º , desembocando no patamar de distribuição para as diversas dependencias, dispostas para cada lado do andar nobre, das quais, três grandes salas com tecto em masseira. |
Acessos
|
Largo São João Novo, nº. 11 |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 129/77, DR, 1ª série, n.º 226, de 29 setembro 1977 |
Enquadramento
|
Urbano, flanqueado. Situa-se em pleno centro histórico do Porto.Com amplo logradouro que a N. se apresenta em declive acentuado, no qual se situam alguns terraços ligados por escadas e passadiços em granito, e que a poente é delimitado por um pano da antiga muralha da cidade (v. PT011312080013). O Palácio com a fachada principal voltada para o Largo de S. João Novo define o canto NO. do Largo em ângulo recto. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
DRCNorte, Decreto-Lei n.º 114/2012, DR, 1.ª série, n.º 102 de 25 maio 2012 |
Época Construção
|
Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Nicolau Nasoni (arq.) (atr.); António Pereira (arq.) como demonstrou Jaime Ferreira Alves |
Cronologia
|
1727 - Mandado construir por Pedro Costa Lima; Séc. 19 - ampliação do Palácio para poente; 1945, 15 Dez. - Inauguração do Museu albergando peças regionais e fazendo a reconstituição de ambientes tradicionais, cuja organização original se deve ao etnógrafo Dr. Pedro Vitorino; 1984 - Incêndio destrói a área ocupada pela Direcção do Museu; 1992 - o Museu de Etnologia é fechado ao público; 1991, 09 agosto - o museu é afeto ao Instituto Português de Museus, Decreto-Lei n.º 278/91, DR, 1.ª série-A; 1994 - o edifício pertence aos herdeiros de Álvaro Leite Pereira de Melo Ferreira da Silva Pinto; 2007, 29 março - o imóvel é afeto ao Instituto dos Museus e Conservação, I.P. pelo Decreto-Lei n.º 97/2007, DR, 1.ª série, n.º 63. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Paredes exteriores em granito rebocado; pavimentos em soalho de madeira; Pavimento em lajeado de granito; paredes interiores com acabamento estanhado e tectos com acabamento estucado; caixilharias interiores e exteriores em madeira; cobertura em estrutura de madeira revestida a telha de cerâmica assente em sub-telha metálica com isolamento térmico; grades e guardas das varandas e janelas em ferro forjado; embasamento em granito aparente. |
Bibliografia
|
Guia de Portugal, IV, I, 4º vol., Coimbra, 1985; Porto: do nome Portugal, Lisboa, 1992; IPPAR, Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, vol. II, Lisboa, 1993; Porto a Património Mundial, Câmara Municipal do Porto, Porto, 1993. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN / DREMN, DGEMN / DSID |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN / DREMN, DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
|
IHRU: DGEMN / DREMN, DGEMN / DSID |
Intervenção Realizada
|
DGEMN:1998 / 1999 -beneficiação e substituição das coberturas: aplicação de nova telha, conservação geral da estrutura de suporte da cobertura com tratamento anti-fungo, incluindo substituição de elementos estruturais degradados, coolocação de chapa metálica com isolamento térmico, novas rufagens, caleiros, algerozes e tubos de queda de águas pluviais, conservação e tratamento de todas as chaminés e clarabóias existentes; 2000conservação geral da fachada principal e lateral direita; DGEMN / IPM: 2000 - conservação do pano de muralha fernandina que delimita a propriedade a poente. |
Observações
|
A escadaria ocupando uma posição central na planta levou a atribuir a traça deste palácio a Nicolau Nasoni, tese hoje contrariada pelo Prof. Jaime Ferreira Alves. Pedro Costa Lima era administrador dos estaleiros da Ribeira.Actualmente o museu está desactivado, tendo as peças sido criteriosamente depositadas noutros locais enquanto se aguarda a reabilitação do espaço. |
Autor e Data
|
Isabel Sereno 1994 |
Actualização
|
Maria Guimarães 2001 |
|
|