Teatro Rivoli / Teatro Nacional
| IPA.00010745 |
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória |
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Teatro construído no inicio do séc. 20, em estilo modernista, com planta rectangular, com cobertura em telhado de duas águas, duas frentes, planas e com vértice curvo rematado por platibanda. Apresenta as fachadas rasgadas por numerosos vãos envidraçados, de diferentes dimensões. Constuitui um edifício de grande presença arquitectónica, com influencias do edifício da garagem do comércio do Porto, uma das obras primas da arquitectura moderna da cidade do Porto, que ocupa uma posição rigorosamente simétrica ao Rivoli, em relação à avenida dos Aliados. Combinação harmoniosa entre as linhas simples e puras que caracterizam o edifício, e a utilização de elementos decorativos como frisos, vértice curvo, platibanda e trabalhos de baixo- relevo. |
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Número IPA Antigo: PT011312120235 |
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Registo visualizado 1410 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Casa de espetáculos Teatro
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Descrição
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Acessos
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Praça de D. João I; Rua do Doutor Magalhães Lemos |
Protecção
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Em estudo / Incluído no Centro Histórico da Cidade do Porto (v. PT011312140163) e na Zona Histórica da Cidade do Porto (v. PT011312070086) |
Enquadramento
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Urbano, flanqueado a N. e W. pelo edifício da Caixa Geral de Depósitos (v. PT011312120258). Localiza-se no coração da cidade com a fachada E. voltada para a Praça de D. João I e a S. para a Rua Dr. Magalhães Lemos, em integração harmónica com o edificado envolvente. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Cultural e recreativa: teatro |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: teatro |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Júlio José de Brito (1896 - 1965), Pedro Ramalho (remodelação de 1997); ESCULTOR: Henrique Moreira |
Cronologia
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1913, 5 Outubro - Inauguração do edifício com o nome de Teatro Nacional; 1926 - a programação que incluía teatro, ópera e concertos passou a incluir também a exibição de filmes mudos, tendo sido já nesta altura o nome de Nacional substituído nos anúncios publicitários por Rivoli; 1928 - decorrem obras de reestruturação do imóvel que começa também a exibir cinema com grande qualidade acústica evidenciada por vozes especializadas; 1932 - no seguimento das obras de renovação urbanística existentes na cidade, o imenso edifício que ocupava todo o quarteirão é sujeito a grandes obras de remodelação, ficando assim reduzido na sua dimensão, para construção da filial da Caixa Geral de Depósitos; 1940 - o autor do projecto inicial retoca o exterior elevando a platibanda e a fachada na esquina para, para colocação do baixo-relevo existente, para se integrar melhor na recém criada praça de D. João I; 1942 - o espaço é novamente objecto de intervenção para remodelação do interior, ganha mobiliário e decoração nova; 1960 - o Rivoli vive o seu apogeu e o Porto assiste a um reinado de intenso movimento cultural com a realização de vários concertos e a actuação de várias personalidades de renome nacionais e estrangeiras; 1970 / 1980 - durante a década de setenta, sob a exploração dos distribuidores Castello Lopes, a qualidade da programação decaiu, tendo a partir de 1974 somente a exibição de filmes pornográficos, tendo passado na década de oitenta para a alçada do Banco Português do Atlântico; 1989 - a Câmara Municipal do Porto compra o edifício decadente e com equipamento obsoleto, pela quantia de 480.000 contos; 1994 - o edifício sofre uma profunda remodelação não só ao nível espacial como também da capacidade de intervenção e interacção no programa cultural; 1997, 16 Outubro - é reinaugurado no final de três anos de intervenções, agora dotado de modernas infra-estruturas, de mais um auditório, sala de ensaios, espaços de convívio e restauração. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de tijolo, blocos e betão armado; fachadas com paredes rebocadas e pintadas; vãos com caixilharias de ferro com vidro simples; portas interiores de madeira; pavimentos de pedra mármore, madeira. |
Bibliografia
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Panorama, nº 5-6, 1941; FERNANDES, José Manuel, Cinemas de Portugal, Lisboa, 1995; Arquitectura Moderna Portuguesa 1920 - 1970. Um Património a Conhecer e Salvaguardar, Coord. TOSTÕES, Ana, LACERDA, Manuel, SOROMENHO, Miguel, Lisboa. IPPAR, 2004; NADAIS, Inês - Teatro Municipal do Porto reabre dia 23 para fazer uma “idade feliz”. In Público. 15 janeiro 2015, p. 26; www.civilium.net, 13-6-2008; http://cct.portodigital.pt, 16-6-2008. |
Documentação Gráfica
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CMP |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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CMP |
Intervenção Realizada
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1932 - Obras de remodelação, das quais resultarão uma redução considerável do tamanho; 1940 - obras de alteração das fachadas exteriores, alteando a platibanda para colocação do baixo-relevo; 1942 - obras de remodelação do interior: colocação de pavimentos e escadarias de mármore, mobiliário mais confortável na plateia e balcão, instalação de vestiários e montras iluminadas, sala pintada em tonalidades claras, decoração dos bufets, poltronas e sofás novos e um sistema eléctrico de refrigeração em toda a sala; 1994 / 1997 - obras de conservação do exterior e remodelação interior; 2014 / 2015 - obras de rebaixamento do palco, por 60 mil euros. |
Observações
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EM ESTUDO. Quando foi inaugurado em 1913 chamou-se Teatro Nacional, só em 1932 passou a designar-se Teatro Rivoli. Manuel Pires Fernandes, empresário foi o primeiro proprietário do edifício. O coliseu atingiu o seu período áureo sob a gestão de D. Maria Fernandes Borges, filha de Manuel Pires Fernandes, que vivia na casa ao lado com passagem directa para o teatro, cujas preocupações beneméritas, se uniam à curiosidade intelectual e estética. Actualmente o espaço do Rivoli encontra-se vocacionado para exibir todo o tipo de espectáculos e é gerido pela Culturporto. |
Autor e Data
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Ana Filipe 2008 |
Actualização
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