Chafariz da Princesa / Chafariz da Praia
| IPA.00010557 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Belém |
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Arquitectura infraestrutural, revivalista neoclássica. Chafariz urbano, do tipo centralizado, composto por tanque circular de bordos salientes, onde se ergue a coluna, circular e com pilastras adossadas, com bicas em forma de florão, rematada por friso, cornija e vaso do tipo Médicis, repleto de elementos marinhos, onde consta uma inscrição. |
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Número IPA Antigo: PT031106320658 |
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Registo visualizado 617 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo centralizado
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Descrição
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Chafariz em cantaria de calcário lioz, de planta circular, assente em plataforma de dois e três degraus, adaptando-se ao ligeiro desnível do terreno. É composto por tanque circular, com base e bordo saliente, este reforçado por chapas metálicas, com as juntas preenchidas a cimento. Ao centro, coluna circular, a que se adossam pilastras de fuste liso e almofadado, com capitéis dóricos e salientes no terço inferior, assentes em plintos paralelpipédicos, compondo uma estrutura crucífera, com uma cruz grega onde se inscreve uma circunferência; o conjunto remata em friso e cornija e, no terço inferior das pilastras, surgem as bicas, em número de quatro, em forma de florão. É sobrepujado por urna do tipo Médicis, assente em base circular, onde surge a inscrição "CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA DE 1851"; encontra-se repleto de elementos marinhos, como conchas, corais e búzios. |
Acessos
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Largo da Princesa |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção da Torre de Belém (v. IPA.00004065) |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado no centro do Largo da Princesa (definido pela Travessa do Arco da Torre e pela Avenida da Torre de Belém), de planta trapezóidal parcialmente delimitado, no lado esquerdo, por muro rematado, pontualmente, por plintos encimados por vasos, com a zona frontal protegida por mourões e as demais com pequenos muros. No lado posterior do muro S., do largo em que se insere o chafariz e a si contíguo, um outro chafariz de espaldar em cantaria, defenido por muro rectangular delimitado por pilastras, contendo placa alusiva à sua edificação, com saída de água ao centro, em forma de concha e superiormente rematado por cornija, articulando-se com tanque paralelepipédico, cujos vértices exteriores alinham com mourões. O largo encontra-se pavimentado a alcatrão e calçada, que envolve canteiros planos, onde se erguem árvores de grande porte e arbustos. Na proximidade, ergu-se a Torre de Belém (v. PT031106320024), a Academia Familiar e a Casa do Governador da Torre de Belém (v. PT031106320289). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: fonte ornamental |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTOS: José Félix da Costa (1851); Malaquias Ferreira Leal (1851). |
Cronologia
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1850, 17 Janeiro - inicia-se o processo conducente à construção do chafariz, a partir de um aviso do marquês de Fonteira, então Governador Civil, ao Presidente da Câmara de Lisboa sobre a necessidade de se procederem a limpezas no sítio de Pedrouços, devido a um surto epidémico; consequentemente a Câmara ordenou, não só as necessárias limpezas mas também a construção de um chafariz, pela necessidade de água potável no local ; 1851, 19 Junho - inauguração do chafariz, tendo sido construído sob responsabilidade camarária com pedraria oferecida pela rainha, a qual era a proprietária do Casal de Paio Calvo, onde se localizava a mina que o abastecia, conforme projecto do arquitecto da Câmara, Malaquias Ferreira Leal, com a colaboração do Mestre Geral das Águas Livres, José Félix da Costa; foi implantado numa quinta pertencente à princesa D. Francisca Benedita, dando o nome ao largo e ao chafariz; 1941, 27 Fevereiro - uma análise da Junta Sanitária de Águas revela que a água se encontrava inquinada, tendo como consequência o encerramento das bicas; 1946 - o chafariz era abastecido pela rede pública. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de calcário lioz; juntas preechidas a cimento. |
Bibliografia
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PINHO, Bernardino de, Inventário das Minas, Poços, Furos e Cisternas da área da Cidade de Lisboa, in Boletim da Comissão da Fiscalização das Águas de Lisboa, II série, n.º 27, Lisboa, Ministério das Obras Públicas, 1946, pp. 39-60; CHAVES, Luís, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, s.d. ; CAETANO, Joaquim de Oliveira, SILVA, José Cruz, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, 1991; FREITAS, Eduardo, CALADO, Maria, FERREIRA, Vítor Matias, Lisboa: Freguesia de Belém, Lisboa, 1993; CAETANO, Joaquim de Oliveira, Chafarizes, Bicas e Poços, in SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; FLORES, Alexandre M. e CANHÃO, Carlos, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Edições INAPA, 1999. |
Documentação Gráfica
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CML |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, 2.ª metade - limpeza das cantarias e consolidação da estrutura com argamassa de cimento. |
Observações
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Autor e Data
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Teresa Vale, Maria Ferreira e Sandra Costa 2001 / Paula Figueiredo 2007 |
Actualização
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