Fábrica de Moagem do Caramujo

IPA.00010484
Portugal, Setúbal, Almada, União das freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas
 
Arquitectura industrial, modernista. Fábrica de moagem apresentando grande harmonia de traçados entre os edifícios que a compõem, de volumes cúbicos, linhas direitas, funcional, onde se nota a recuperação do uso da superfície, da linha e do espaço. A fábrica do caramujo foi a primeira estrutura industrial em betão armado a ser construída em Portugal.
Número IPA Antigo: PT031503040018
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Extração, produção e transformação  Fábrica    

Descrição

Planta rectangular composta por três volumes adossados e alinhados, de formas quadrangulares, desenvolvendo-se em verticalidade, com cobertura diversificado em terraço. Na construção mais baixa, a primitiva, de 5 andares, tem na fachada principal voltada a E., no andar térreo, 7 portas articuladas com janelas, sendo as três centrais de molduras rectangulares e as laterais terminam em arco perfeito; nos pisos superiores rasgam-se janelas de forma regular e sistemática, imprimindo alguma horizontalidade, o edifício do meio, o mais alto, apresenta 12 pisos com vãos de janelas apenas de iluminação; na edificação a S., a mais moderna, desenvolvem-se silos cilíndricos na vertical, adossados a toda a volta das quatro fachadas até quatro quintos da sua altura; em cada silo abre-se uma pequena janela à altura de um 1º piso que não está demarcado.

Acessos

Caramujo na R. Manuel José Gomes, pela R. Tenente Valadim e pela Av. António José Gomes. WGS84 (graus decimais): lat. 38,672433; long. -9,153537

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 5/2002, DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002

Enquadramento

Urbano borda d'água, no estuário do Rio Tejo, perto dos estaleiros da Lisnave e da Base Naval do Alfeite. Conjunto de edificações isoladas, destacando-se das casas baixas que lhe estão próximo, em meio de construções degradadas de oficinas improvisadas e lixeira.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: fábrica

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Pública: Municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Mestre Filipe (reconstrução)

Cronologia

Séc. 19 - construção do complexo fabril; 1897, (10 de Junho) - incêndio destrói o edificio original, tendo ficado apenas as fachadas e as paredes mestras; 1897 / 1898 - reconstrução *I- 1960 - as fachadas são alteradas para modernização e são acrescentados os silos de armazenamento; 2002 - a fábrica é adqirida pela Câmara Municipal de Almada à Sociedade Industrial Aliança.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Betão armado (ferro e cimento hidráulico) *2

Bibliografia

SEGURADO, João Emílio dos S., Cimento Armado, Lisboa; FLORES, Alexandre, Almada Antiga e Moderna, Almada, 1990.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1960 - Obras de intervenção originando alteração das fachadas.

Observações

* Todo o plano de água foi entulhado com o avanço do muro do Alfeite. *1: O mestre Filipe (pai de Henrique e Raul Filipe) foi um dos encarregados da reconstrução. *2: Sobre a reconstrução da fábrica foi utilizado pela 1ª vez o cimento armado (depois designado por betão armado), novidade francesa, sob a responsabilidade da casa Hennebique.

Autor e Data

Albertina Belo 1995

Actualização

sergio_rosa2000 (Contribuinte externo) 2015
 
 
 
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