|
Edifício e estrutura Estrutura Cultural e recreativo Estrutura de lazer Coreto
|
Descrição
|
Planta quadrangular, com os cantos cortados em chanfradura larga, simples, regular; massa simples constituída pela caixa de suporte do palco, em articulação com a estrutura que compõe a armação do docel acústico sustentado por 8 pares pilares de ferro, em disposição verticalizante; cobertura em cúpula baixa de base poligonal, de cujo centro eleva-se uma cúpula turca bolbosa oitavada, em chapa de ferro, que culmina em pináculo decorativo em ferraria com enrolamentos. A fachada do vão da porta única de acesso ao interior da caixa e ao palco, está voltada a S.. A construção é formada por quatro panos enquadrados por largos cunhais que flanqueiam os chanfros, e apresenta dois registos; o inferior é constituído pela caixa de suporte do palco, e o superior formado pela estrutura aberta do pavilhão; os panos são revestidos com silharia calcária em dois tons, branco e rosado, têm almofadas como decoração e medalhão central inciso; a porta é em chapa de ferro com medalhão idêntico ao dos panos; o remate deste registo é em cornija de coroamento em ressalto, continuada. A caixa é bordejada por parapeito em gradeamento de ferro, com decoração simples; no centro do tecto, dependurado do remate da união das pranchas da cobertura, há um pequeno "globo" quebra-luz de lâmpada; bordeja toda a estrutura superior um friso com ligações ornamentais aos pilares, em ferro fundido; o remate superior é uma platibanda em bordado fino, também em ferraria. A articulação exterior / interior da caixa é desnivelada, acedendo-se ao interior rebaixado por porta em ferro, por degraus; a estrutura do palco é sustentada por pilastras de betão visíveis no interior, onde existe uma escada de madeira de acesso ao palco por alçapão, aberto ao centro no pavimento em cimento. |
Acessos
|
Av. Luísa Todi (Placa central ajardinada) frente ao edifício n.º 97, aproximadamente no enfiamento das R. de São Cristóvão e R. António do Nascimento. |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, no jardim público localizado na placa central que se estende ao longo da avenida principal da cidade, a Av. Luísa Todi, junto ao Teatro com o mesmo nome (v. PT031512030071). |
Descrição Complementar
|
Destacam-se conjuntos de roldanas fixados por rebites a alguns pilares, cuja finalidade seria a subida e descida de um pano definidor de espaço necessário em algumas apresentações. |
Utilização Inicial
|
Cultural e recreativa: coreto |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: coreto |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido |
Cronologia
|
1899, 29 de Junho - Inauguração do coreto no local então conhecido por Rua da Praia, mandado construir pela Câmara Municipal; houve a intervenção da Banda do Regimento de Caçadores n.º 1, com regência do maestro Joaquim José de Santana e das músicas "Hino da Carta Constitucional", "Hino do Município" e polca "Mathilde" estes da autoria do próprio maestro, "Visions d'amour" (Deblbruck), "Grande Fantasia" da Opera "Palhaços" (R. Leoncavallo), "Les Bergeres Frumeaux" (E. Deransant), "Sur les eaux du Tejo - Pot-pourri" (Moraes), Madriparivienne - Pastiche (Henrich Tellman). Este coreto substituiu um outro que se erguia no Jardim do Bonfim desde 1880, o então chamado "coreto velho", que entretanto foi deitado abaixo, o que ocorreu durante o mandato camarário de António José Baptista (CLARO, 1988). |
Dados Técnicos
|
Estrutura mista |
Materiais
|
Pedra: calcário; metal: ferro fundido, ferro forjado; betão armado; madeira. |
Bibliografia
|
Elmano, n º 534, 28 de Junho de 1899; CLARO, Rogério, Setúbal de há 100 anos, 1882 - 1885); CRUZ, Mário Mouro da, Os Coretos, Portalegre, 1988; RELVAS, Eunice, Coretos em Lisboa, Junta de Freguesia de Coruche, 1991. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
|
Observações
|
Os coreto surgiram ligados ao florescimento das bandas filarmónicas locais, integrando o movimento nacional de descentralização cultural da música instrumental do século 19. |
Autor e Data
|
Albertina Belo 2001 |
Actualização
|
|
|
|