Quinta da Senhora das Dores / Quinta de Verdemilho
| IPA.00010346 |
Portugal, Aveiro, Aveiro, Aradas |
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Número IPA Antigo: PT020105010068 |
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Registo visualizado 743 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Agrícola e florestal Quinta
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Descrição
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O recinto do santuário é plano, rectangular, contornado interiormente por caminho, dividido por dois caminhos longitudinais e três caminhos transversais, que retalham o espaços em doze talhões, também estes de forma rectangular, bordejados descontinuamente por sebes de buxo ( Buxus sempervirens)*1. A frente da quinta é voltada a nascente, confinando com a estrada. Nesta, situa-se o portão de acesso, rasgado num alto muro, bem como duas janelas, uma de cada lado do portão.Por cima destas aberturas existem três frontões, existindo no central, situado sobre o portão, um nicho com uma escultura da virgem, encimados por uma cruz. No lado interior, nos intervalos destes frontões, a enquadrá-los, encontram-se quatro nichos *2. Do lado interior do portão, correspondendo ao primeiro quarteirão do lado N. existe um terreiro, tendo em frente a ermida da Nossa Senhora das Dores e do lado S. ocupando o talhão central da frente, várias casas. Dois panos de muros, um de cada lado da ermida, no alinhamento da sua fachada principal existem mais três nichos*2. No pano do muro que faz ângulo com a fachada da casa voltada ao terreiro, abre-se um portão que comunica com os quarteirões posteriores do recinto do santuário onde, encostados aos muros laterais e no enfiamento dos caminhos transversais, existem seis cubelos ou guaritas, três de cada lado, e outras idênticas existentes no cruzamento dos caminhos*3. O último caminho transversal situa-se já no princípio da descida para o vale, sob as copas do arvoredo. Na mata, de carvalhos, encontram-se vários bancos à volta de um tanque, caramanchões e nichos de santos nos muros *4. |
Acessos
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Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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A quinta contém um santuário, situando-se numa superfície plana, a 4 Km A S. de Aveiro, num rectângulo orientado de nascente para poente, cercado por muros e sebes de loureiro (laurus nobilis). A nascente é limitado por uma estrada nacional, a poente o terreno desce bruscamente para um pequeno vale onde, de S. para N. corre um pequeno riacho que desagua na ria. A vista sobre o vale, a partir da cumeada é de elevada qualidade visual, razão pela qual aí foi erguido um miradouro pelos construtores do santuário. Esta vertente encontra-se povoada de carvalhos (Quercus robur) e loureiros que conferem frescura ao local. |
Descrição Complementar
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Entre o portão da entrada e a janela da direita, em cima, adossada ao muro situa-se uma pedra de armas, com um brasão partido de Quevedos ou Pizarros e de Sousas. Sobre o portão existe uma inscrição que diz: "A esta quinta vieram passar, cada um o seu dia de Junho para se divertirem os Il. mos e Ver. mos Senhores Bispos de Coimbra e o de Grão Pará, no ano de 1747" |
Utilização Inicial
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Agrícola e florestal: quinta |
Utilização Actual
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Propriedade
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Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1720 / 1750 - data provável construção da quinta; 1747 - data da inscrição situada sobre o portão; Séc. 19, meados - a quinta pertencia ao visconde de Almeidinha; 1877 - primeira referência concreta a este santuário por Marques Gomes |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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ARAÚJO, Ilídio, Arte Paisagista e Arte dos Jardins em Portugal , Vol. I, Lisboa, Ministério das Obras Públicas, 1962 |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1 - Estes caminhos eram provavelmente todos bordejados por sebes de buxo, das quais restam apenas alguns pedaços; *2 - nestes nichos terão figurado pequenos grupos escultóricos representando possivelmente passos da vida da Virgem; *3 - estas guaritas albergaram grupos escultóricos representativos dos Passos da Paixão de Cristo que, segundo Proença. Raúl em "Guia de Portugal" as figuras eram em barro policromado, em tamanho quase natural, e "embora não atingissem o plano de obras de arte, eram modeladas em atitudes vivas, análogas às do apostolado de Udarte outrora existentes no refeitório do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra"; *4 - este caminho ficava, pelo menos em parte, enquadrado de um e outro lado, por dois muros, sendo o do lado poente acompanhado na base por um assento corrido a todo o seu comprimento. Já na mata, frente a uma fonte, colocada sob a protecção de um santo cuja imagem se encontrava em um nicho, havia um alargamento de forma quadrada com um tanque central também quadrado. Chegava-se a esse caminho por escadas que desciam dos extremos dos dois caminhos longitudinais centrais. Sobre uma, pelo menos, dessas escadas, e sustentado por abóbada, havia um terraço que funcionava de mirante sobre o vale, por cima das copas do arvoredo da encosta. Estas construções eram todas de adobes, taipa e tijolo, encontrando-se hoje algumas delas em grande ruína. |
Autor e Data
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Teresa Camara 2006 |
Actualização
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