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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal irregular, de massa simples de forma quadrangular. Cobertura diferenciada, escalonada em dois volumes, de telhados de duas águas. Frontaria voltada a N., de um pano, cingida por cunhais prolongados por fogaréus de empena, tem dois pisos marcados pela abertura de um pórtico com arco de asa de cesto, com portão em ferro; por cima moldura em cantaria de um vão de janela cega; termina em empena de ângulo com cornija e pequeno beiral e rematada por cruz. Na verga do portal interior alpendrado lê-se a data de 1762. Há coincidência do interior / exterior. INTERIOR de espaço diferenciado; nave central e outra lateral aberta do lado do Evangelho * 1; coro-alto com balaustrada e um púlpito com guarda-voz; no segundo piso do lado da Epístola abrem-se duas janelas de iluminação. O corpo da igreja e a capela-mor têm as paredes laterais cobertas, até meio da altura do pé direito, de azulejos azuis e brancos, com molduras policromas, representando do lado do Evangelho: a "Apresentação da Virgem no Templo" e os "Esponsais" e do lado da Epístola, "A Circuncisão", a "Adoração dos Mago" e a "Apresentação do Menino no Templo"; o altar-mor tem revestimento de talha dourada dos finais de setecentos. Flanqueiam o arco triunfal, dois altares com retábulos de talha dourada, preenchidos com imagens de santos; o pavimento está provido de passadeiras; no tecto um fresco alusivo à padroeira. |
Acessos
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Largo 5 de Outubro *1 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano. Em destaque num meio de construções recentes de vários andares. Localiza-se no centro da povoação, perto de um jardim, com largo fronteiro. Adossada a 0. a uma construção baixa e a E. a dependências da igreja. Como separador tem um adro delimitado por gradeamento e portão em ferro. |
Descrição Complementar
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No altar estão colocadas boas esculturas de santos, de onde se destaca a imagem do séc. 17, em madeira, de Nossa Senhora da Piedade. A capela-mor, além de uma pintura em fresco representando o Espírito Santo, possui boas alfaias religiosas e imagens de santos. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Setúbal) |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1755 - Foi destruída pelo terramoto; 1762 - reconstruída e talvez ampliada- a fachada actual da igreja data dessa época; 1910 - o Governo toma conta da Capela, mas levada a questão a tribunal pela Irmandade, torna à igreja em 1916; 1958 - foi criada a paróquia de Nossa Senhora da Piedade com sede provisória nesta capela; 1964 / 1965 - Obras de ampliação levadas a cabo pelo Padre Sobral (regista o padre Ricardo G. Lopes) criaram uma nave lateral. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria, cantaria, telha, ferro, azulejos, madeira |
Bibliografia
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BARBOSA, Inácio de Vilhena, As Cidades da Monarquia Portuguesa, 1º vol., 1860; DUARTE, Ana, Igrejas e Capelas da Costa Azul, Setúbal, s. d.; FLORES, Alexandre M., Almada Antiga e Moderna - Roteiro Iconográfico III, Almada, 1985; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, Património, in AI-Madan, nº 4 / 5, Almada, Novembro,1985. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Paróquia: 1964 / 1965 - Obras de ampliação criaram uma nave lateral, o pavimento foi substituído e provido de passadeiras; arranjo do telhado e pintura das paredes da igreja e anexos; colocação do Baptistério próximo do altar *3. |
Observações
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*1 - Popularmente conhecido pelo Largo da Cova da Piedade. *2 - Aberta recentemente obrigou a que se retirassem dois painéis de azulejos que estavam do lado em que ficou a nova nave. Estes encontravam-se frente aos que lá estão hoje, formando um conjunto dedicado à vida de Nossa Senhora, desde a Anunciação de Maria até toda a sua presença na vida de Cristo. *3 - Esta igreja viria a substituir outra edificada no mesmo lugar que tinha o nome de Nossa Senhora da Mutela com a Irmandade de Nossa Senhora da Piedade dos Milagres e da Vitória da Cova da Mutela. *4 - O arranjo e o estudo foram feitos e orientados pelos arquitectos do Secretariado das Novas Igrejas do Patriarcado de Lisboa, com excepção para a talha. Vítor Serrão, in Tesouros Artísticos de Portugal, diz que os painéis de azulejos que revestem a capela-mor são do séc. 18 (1ª metade), de bom desenho e provenientes do antigo templo. Recentes obras de ampliação levaram à supressão da parede do lado do Evangelho da capela principal. Quem restaurou os painéis retirados da antiga parede foi a Casa Viúva Lamego que reproduziu os cerca de 100 a 120 azulejos que faltavam. |
Autor e Data
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Albertina Belo 1995 |
Actualização
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