|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem de São Francisco - Franciscanos (Província dos Algarves)
|
Descrição
|
Planta longitudinal, composta em U, regular, com coincidência exterior / interior. Volumes articulado com cobertura diferenciada em telhados de 2 águas, com disposição das massas em horizontalidade emprestada pela cadência de abertura de vãos de portas e janelas nos 3 pisos; fachada principal voltada a S.; fachadas de um pano delimitadas transversalmente por molduras continuadas, à altura dos andares, com uniformidade marcando os pisos; rematadas por comija simples ou por platibanda; fachada principal onde se rasgam janelas em arco de volta inteira iguais, distribuídas regularmente. INTERIOR de espaços diferenciados. Junto ao convento vêm-se as ruínas de uma capela, donde se destaca uma fachada com pórtico com arco alteado, onde se adossam duas pilastras colossais de ordem jónica, tudo encimado por frontão angular. Escadaria de ligação entre os diferentes pisos, no bloco principal. |
Acessos
|
Ladeira de São Francisco; Rua José Carlos da Maia |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, no declive de uma colina, circundado por terrenos vazios, próximo da Avenida São Francisco Xavier. |
Descrição Complementar
|
Existência de vestígios de frescos representando os apóstolo. |
Utilização Inicial
|
Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
|
Devoluto |
Propriedade
|
Pública: estatal |
Afectação
|
Ministério da Segurança Social e do Trabalho |
Época Construção
|
Séc. 15 / 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido |
Cronologia
|
1410 - construção do convento, não se conservando vestígios da época da sua fundação. Pertencia a Religiosos Observantes da Província dos Algarves tendo sido, provavelmente, a primeira ordem estabelecida em Setúbal;. Deveu-se à protecção de D. Maria Anes Escolaris; 1619 - aí se hospedou Filipe III de Castela quando visitou Setúbal; séc. 17 / 18 - o convento encontra-se muito degradado; 1747 / 1749 - executam-se trabalhos de reedificação; 1755 - é severamente atingido pelo terramoto; 1834 - os frades são expulsos com a extinção das Ordens Religiosas e o edificio incorporado nos bens próprios nacionais, pertencendo ao governo que o vendeu por arrematação a Joaquim O'Neil; 1840 - as ruínas pertenciam à família Torlades O'Neil; João Torlades O'Neil mandou demolir a maior parte do mosteiro; séc. 19 - são feitas obras no convento; 1874 - Francisco José Pereira compra o mosteiro a João O'Neil e reconstrói-o; 1875 - o mosteiro é comprado por padres da Companhia de Jesus que concluem as obras reedificando a igreja e adaptando o edifício para o estabelecimento de ensino; a igreja estabelece-se na antiga casa do Capítulo; 1876 - inauguração da igreja e do colégio a 4 de Outubro; 1878 - estabeleceu-se uma aula gratuita de instrução primária; séc. 20 - é adaptado a quartel, recebendo o Batalhão de Infantaria 11; com a saída dos militares fica devoluto; 1975 - foi cedido a título precário pela DGP à CMS; 1995 - encontra-se ocupado por famílias desalojadas; 1996 - cedência do edifício à Casa Pia de Lisboa; 1997 - protocolo de acordo entre Ministério do Equipamento e o Ministério de Solidariedade e Segurança Social do Município de Setúbal, no sentido de realojar as 61 famílias e recuperar o Convento para a instalação de um colégio destinado ao acolhimento, educação e formação de crianças e jovens carenciados; 2004 - devolução do edifício pela Casa Pia de Lisboa à DGP; 2006 - a Direcção-Geral do Património apresentou uma proposta de valorização urbanística para a ocupação da área do Convento de S. Francisco e sua envolvente (in Correio de Setúbal, 2006-04-28). |
Dados Técnicos
|
Paredes autoportantes. |
Materiais
|
Cantaria, alvenaria, telha. |
Bibliografia
|
LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1880; RIBEIRO, João Reis, Histórias da região de Setúbal e Arrábida, 1958; CARVALHO, Almeida, Acontecimentos, Lendas e Tradições da Região Setubalense, vol. IV, Conventos de Setúbal, 1 Parte, Setúbal, 1970; ABREU, Laurinha, Setúbal na Modernidade: memórias da alma e do corpo, 1998; DRUMOND, Paulo, Setúbal Medieval do Séc. XIII a XV, Câmara Municipal de Setúbal, 1998 |
Documentação Gráfica
|
|