Igreja da Ordem Terceira de São Francisco
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Portugal, Viana do Castelo, Viana do Castelo, União das freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela |
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Arquitectura religiosa, barroca e neoclássica. Igreja barroca, de planta longitudinal e nave única com frontispício, enquadrado por 4 grandes pilastras de ângulo em posição convexa suportando entablamento metopado e frontão contracurvado. No interior retábulos neoclássicos na nave e o da capela-mor de estilo rococó com alguns elementos característicos já do período neoclássico. Igreja barroca com frontispício inspirado no modelo bracarense mas com os elementos dispostos de modo a conferir maior dinamismo e qualidade cenográfica, possuindo janelão axial de moldura recortada interrompendo o entablamento de caneluras verticais com métopas, sobrepujado por frontão e brasão da Ordem. No interior, coro-alto sobre arco abatido, igualmente comum nas igrejas bracarenses, e capelas colaterais intercaladas com janelas, estas últimas com balaustrada de madeira e verga superior em arco interrompendo a cornija. Destaque ainda para expressiva imagem do Senhor dos Aflitos no retábulo-mor e guarda-vento com entablamento superior decorado como o do frontispício. |
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Número IPA Antigo: PT011609310080 |
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Registo visualizado 1880 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja de Confraria / Irmandade Ordem de São Francisco - Franciscanos Terceiros
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Descrição
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Planta longitudinal, composta por nave e capela-mor, com sacristia e torre quadrangular adossadas à cabeceira. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas na igreja e de 3 na sacristia e coruchéu na torre. Fachadas em alvenaria rebocada a branco, cunhais apilastrados encimados por fogaréus. Fachada principal, virada a S., terminada em frontão triangular contracurvado, encimado por cruz e tendo no tímpano o escudo da Ordem. Portal axial, de verga recortada encimada por frontão triangular ondulado. A fachada é enquadrada por 4 grandes pilastras de ângulo em posição convexa, suportando um entablamento dórico, com um friso de caneluras verticais intercaladas com métopas, cortado por um janelão axial de verga convexa que através de moldura se interliga ao portal. Fachadas laterais com 3 janelões de verga convexa. Fachada O. da sacristia de 2 pisos, com janelas de verga convexa sobrepostas sendo a do 2º piso de sacada com varandim sobre mísulas. Torre sineira, tendo o último terço marcado por uma cornija e com ventanas de arco pleno nos 4 alçados, encimada por platibanda decorada com losangos vazados, terminada por coruchéu em forma de pináculo. Adossado por E. à fachada principal, edifício da Casa da Irmandade, de 2 pisos, tendo no 1º, do lado O. uma porta encimada por frontão triangular contracurvado, de acesso ao corredor lateral da igreja e ao coro-alto; do lado E. porta de verga convexa, de acesso ao cemitério e à Casa da Irmandade; 2º piso com 3 janelas de sacada, de verga convexa, com varandins gradeados e encimadas por frontões triangulares contracurvados. No INTERIOR, nave com lambril de azulejo monocromático, coro-alto em arco abatido sobre pilastras, de cantaria, com balaustrada de madeira, tendo no sub-coro, guarda-vento de madeira e porta de verga convexa de acesso ao coro-alto. Paredes laterais com vãos e retábulos colocados simetricamente, com 2 janelões de verga convexa, com sanefa e balaustrada de madeira. Intercalados, 2 capelas de arco pleno, decorados por sanefas de talha, contendo retábulos de nicho central ladeado por colunas compósitas que suportam entablamento e frontão. Arco triunfal de volta plena, coberto por sanefa em talha sobre pilastras pintadas com marmoreados. Capela-mor com 2 janelões simétricos de verga convexa, tendo no lado do Evangelho 2 arcosólios, um de arco pleno, sanefa e urna funerária rectangular com inscrição, e outro de arco quebrado com urna encimada por pirâmide decorada e inscrita. Retábulo em talha policroma com motivos marmoreados, enquadrado por colunas compósitas suportando frontão curvo. Pavimentos em soalho, tectos em abóbadas de perfil curvo, assente em cornijas, sendo a da capela-mor pintada com marmoreados. |
Acessos
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Avenida 25 de Abril. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,697594; long.: -8,828616 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, adossado. A igreja situa-se numa plataforma, sobrelevada em relação à Av. 25 de Abril que lhe passa a S.. O edifício da Irmandade que prolonga a fachada da igreja para E., encontra-se adossado à fachada da Igreja do Convento de Santo António (v. PT011609310048), formando um canto e delimitando um adro lajeado a granito comum às 2 igrejas. Nas traseiras da Irmandade e a E. da igreja situa-se o cemitério da cidade, onde existem 2 capelas. |
Descrição Complementar
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Os retábulos do lado do Evangelho são dedicados ao Sagrado Coração de Jesus e a São João de Brito; do lado da Epístola a Santo António e Nossa Senhora da Conceição. Na capela-mor há duas urnas funerárias: uma de formato rectangular, encimada por um frontão e com a inscrição: "Aqui jazem os restos mortais de D. Maria do Carmo de Souza, natural desta villa de Vianna. Nasceo em 24 de Maio de 1771 e faleceo em 15 de Fevereiro de 1841 d'idade de 69 anos 8 mezes e 23 dias, seu filho Manoel José de Souza Vianna, natural da mesma villa, negociante da praça do Maranhão, Império do Brasil. Vindo à sua pátria em 1843, em testemunho de saudade, perdão e amor filial, mandou erigir este monumento e trasladar as suas cinzas do cemitério público para esta igreja dos Terceiros de Santo António". A outra urna, de formato piramidal, tem a seguinte inscrição "Aqui jaz D. Teresa Victoria de Calheiros e Menezes, viuva de Ventura Malheiro Reymão Lobo, fid(alg)º da Caza R(eal). Morreu a 18 de Dezembro de 1851 e forão trasladados seus ossos para esta urna em 18 de Dezembro de 1854. Vive a saudade, que deixou à sua família e aos pobres de quem foi Mai. Orai por ella". |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENTALHADOR: Manuel José Faria (1764); José Caetano (1789); Joaquim José de Sampaio (1789). PEDREIRO: Geraldo Fernandes da Sobreira (1770); José Fernandes (1772); João Pereira (1772). |
Cronologia
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Séc. 18, 3º quartel - construção da igreja; 1764, 7 Setembro - feitura de dois lampadários de prata para a capela de Nossa Senhora do Rosário por Manuel José Faria, por 16$000; 1770, 8 Julho - ajuste da obra da capela da Ordem Terceira de São Francisco, ao mestre pedreiro Geraldo Fernandes Sobreira, da freguesia de Gontilhães, Caminha, por 448$000, devendo a obra estar concluída a 12 Julho 1771; 1772, 14 Janeiro - escritura de contrato feita pela Ordem Terceira para a construção da sua capela nos terrenos destinados à horta pertencentes aos religiosos de Santo António; 6 Março - ajuste da obra da igreja da Ordem Terceira que comportava o trabalho da lavra da cantaria, armas da frontaria, sacristia e dois púlpitos, aos mestres pedreiros José Fernandes, da freguesia de Cossourado, e João Pereira, da freguesia de Vila de Punhe, Viana, por 5.000 cruzados; o fim da obra estimou-se em 30 meses;1789, 11 Novembro - execução do retábulo-mor por José Caetano e Joaquim José de Sampaio, por 870$000; 1843 - trasladação dos restos mortais de D. Maria do Carmo Souza; 1854 - trasladação dos restos mortais de D. Teresa Victoria de Calheiros e Menezes; 1896 - a Ordem Terceira de São Francisco pede a concessão do lote de terreno nº 12, que constituía a mata grande do Mosteiro de Santa Ana, para alargamento do seu cemitério. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Paredes em alvenaria rebocada; cantaria de granito nas molduras dos vãos, cunhais e cornijas; pavimentos, púlpito, coro-alto, guarda-vento, portas e retábulos em madeira; cobertura em telha. |
Bibliografia
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FERNANDES, Francisco Carneiro, Viana Monumental e Artística, Viana do Castelo, 1990; CALDAS, João Vieira e GOMES, Paulo Varela, Viana do Castelo, Lisboa, 1990; CARDONA, Paula Cristina Machado, A actividade mecenática das confrarias nas Matrizes do Vale do Lima nos séc. XVII a XIX, vol. 3, Porto (Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Departamento de Ciências e Técnicas do Património), 2004. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Ordem Terceira: 1999 - obras de conservação e restauro; renovação do pavimento da igreja. |
Observações
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Autor e Data
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Paulo Amaral e Miguel Rodrigues 1999 |
Actualização
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