Núcleo urbano da cidade de Valença / Núcleo intramuros da vila e praça de Valença
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Portugal, Viana do Castelo, Valença, União das freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão |
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Núcleo urbano sede municipal. Cidade situada em margem fluvial na fronteira do Minho. Vila medieval de fundação régia com cerca urbana. Praça de guerra seiscentista composta pelo corpo principal (a Praça) e por extensa obra externa (Obra Coroada). A Praça engloba o núcleo medieval e respectiva cerca muralhada elíptica, apresentando traçado de tendência ortogonal estruturado pela Rua Direita, ligando primeiro duas portas e depois a Praça de Santa Maria ao Largo do Corpo da Guarda Principal. Sequência de vias paralelas, com desdobramento do percurso matricial, ligando o Terreiro das Freiras, a Igreja de Santo Estêvão, a Casa da Câmara e Cadeia, o Pelourinho e o Largo do Eirado, contíguo ao traçado da cerca medieval, espaço depois dominado por equipamentos militares. O corpo da Praça inclui a formação do arrabalde e de um paiol à prova de bomba Transformação do convento de freiras clarissas em quartel de artilharia e hospital militar. A Coroada mostra um esboço de malha reticulada, marcada pela posição central da Capela da Irmandade Militar, ao mesmo tempo que o Campo da Parada, onde existia um vasto quartel, é dominado pelo paiol principal. |
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Número IPA Antigo: PT011608150036 |
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Registo visualizado 3137 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto urbano Aglomerado urbano Cidade Vila medieval Vila fortificada Régia (D. Sancho I)
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Descrição
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Núcleo urbano delimitado por dois recintos fortificados distintos, justapondo-se ao corpo da Praça a Obra Coroada. A Praça agrega o núcleo medieval, de perímetro elíptico, cuja cerca foi parcialmente incluída na fortificação abaluartada, tal como a zona do arrabalde quinhentista. Apresenta um traçado tendencialmente ortogonal, formado por quarteirões de proporção longilínea e estruturado pela Rua Direita (R. Mouzinho de Albuquerque), que assegura uma sequência ritmada de vias paralelas, a Rua do Meio (R. José Rodrigues) e a Rua de S. Francisco (R. Maestro de Sousa Morais). Mostrando menor rectilinearidade, o percurso destas vias é fragmentado pela área antes ocupada pelo Convento das Freiras, depois Quartel e Hospital Militar e hoje um espaço residual, apenas em parte preenchido pelo Hospital da Santa Casa da Misericórdia (v. IPA.00008919). O contorno da R. de S. Francisco inflecte na direcção do Terreiro das Freiras (Lg. Visconde de Guaratiba), visualmente muito extenso devido à demolição da Feitoria Militar. A Rua Direita garante a ligação directa entre a Praça de Santa Maria, onde se ergue a Igreja Paroquial ou de Santa Maria dos Anjos (v. IPA.00006437) e a contígua Igreja da Santa Casa da Misericórdia (v. IPA.00006231), e o Largo da Principal (Lg. José M. Rodrigues) onde se localizava o edifício do Corpo da Guarda Principal. A Rua do Meio permite o desdobramento deste percurso, partindo do Largo do Eirado, um espaço antes confinante com a cerca medieval e depois ocupado pelo Armazém das Armas e pela Atafona Militar (respectivamente no local do Tribunal Judicial – IPA.00015948, e do edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones, CTT – IPA.00021107), em direcção ao adro da Igreja de Santo Estêvão (v. IPA.00006230). O adro congrega ainda a presença do Pelourinho, antigo Marco Miliário (v. IPA.00000413) e da antiga Casa da Câmara e Cadeia Civil (v. IPA.00009010) marcando sensivelmente o centro da área urbana, na pouco directa proximidade da Porta dos Açougues, transformada mais tarde em poterna e perto da qual se situa um dos paióis da Praça. Enquanto eixo estruturante, a Rua Direita permanece como vínculo entre as portas medievais, a desaparecida Porta da Vila e a em parte sobrevivente Porta da Gaviarra. É de notar que a zona de influência desta última possui uma base topográfica bastante mais irregular, incluindo uma subida íngreme em direcção a Santa Maria e da área hoje dominada pela Pousada de São Teotónio (v. IPA.00006217). A localização da Porta da Vila medieval parece coincidir com o Largo de S. João - Praça da República, onde se situa a Câmara Municipal (v. IPA.00009009), exactamente o centro nevrálgico da distribuição de fluxos, no cruzamento dos percursos procedentes das quatro portas da Praça. Observa-se a diversa orientação e a forma dos quarteirões que o delimitam, tornando explícita a transição entre tecidos urbanos de diferente formação, bem evidente na Rua de S. João (R. Lopes da Silva) direccionada para as Portas do Meio / Portas da Vila, de acesso à Coroada. A Porta da Fonte da Vila, um acesso secundário, abre também para o Lg. de S. João, tal como a Rua do Governo Militar. Aí se conserva a Casa do Governador (v. IPA.00023839), organizando uma praça de armas secundária junto às Portas do Sol, principal acesso da praça de guerra e onde existiam outros equipamentos militares, como o Trem de Artilharia. A Coroada, concebida como recinto exclusivamente militar, evidencia menor densidade do espaço construído, polarizado em função da centralidade da Capela Militar do Bom Jesus (v. IPA.00006233), que organiza o esboço de uma malha reticulada. Contudo, verifica-se que o eixo militar estruturante, a Rua do Poço (R. 5 de Outubro), que permitiria a comunicação directa entre as Portas da Vila e as Portas da Coroada, foi truncado por construções privadas, do que resultou a valorização da estrada de armas (R. Apolinário da Fonseca) como via principal, rematada pela Capela do Senhor do Encontro (v. IPA.00006232). O recinto defensivo é dominado pelo Campo da Parada - Campo de Marte, vastíssimo terreiro onde se destaca o volume do Paiol de Marte, mas cuja configuração não é compreensível sem a presença do extenso quartel de infantaria que aí existia. O espaço construído mostra-se muito heterogéneo, resultado da soma sucessiva de alterações. De época mais recuada conservam-se algumas construções excepcionais, como a Casa do Eirado terminada em ameias decorativas (v. IPA.00015529), a casa da Rua Direita, nº 70 a 72, com vãos decorados com motivos quinhentistas (v. IPA.00025021), ou outros exemplos que incluem somente vãos biselados. Estas casas têm dois pisos e a fachada em cantaria, ao contrário do restante conjunto, que apresenta as paredes rebocadas, sendo apenas em cantaria a guarnição dos vãos, os socos, as pilastras e as cornijas. Sobrevivem também outras casas de métrica e composição semelhante, mas atribuíveis aos séculos 17 e 18 e reduzidas a casos pontuais na Rua Direita, Rua da Trindade, Rua de S. João e na Coroada. Neste recinto surgem, de preferência, frentes mais largas, possibilitando a abertura de maior número de vãos e privilegiando a varanda corrida assente em robustas mísulas. Destaca-se também a abertura de nichos na frontaria e a presença de algumas gárgulas tubulares. As casas de dois pisos tendem a ocupar lotes estreitos, mostrando a compartimentação organizada em profundidade e a escada interior posicionada transversalmente ao centro. Nas parcelas quadrangulares a posição da escada revela maiores variações. Inscreve-se neste grupo um exemplo excepcional, a casa tardo-barroca do Marechal Champalimaud (v. IPA.00025018), já de finais do séc. 18, dotada de pátio aberto, animado pelo portal e balaustrada superior. Regista-se ainda, de modo muito restrito, construções de dois pisos com escada externa. Grande parte das casas com três ou mais pisos parece resultar de acrescentos à estrutura inicial de piso térreo e sobrado, beneficiando as fachadas com amplas varandas. Salienta-se um razoável número de casas grandes, marcadas por cornijas muito balançadas, como por exemplo a Casa do General Ribeiro de Carvalho (v. IPA.00025019), ou o caso mais singular da Casa do Poço (v. IPA.00016739). Nas numerosas variantes que poderiam ser identificadas, sublinha-se ainda o revestimento azulejar da frontaria. |
Acessos
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Valença, A3; EN13; Avenida dos Combatentes da Grande Guerra |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção das Fortificações de Valença do Minho (v. IPA.00003527) |
Enquadramento
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Localiza-se entre Douro e Minho, na sub-região do Minho-Lima e pertence à unidade de paisagem do Vale do Minho. Núcleo intra-muros dissimulado no complexo da fortificação abaluartada (v. IPA.00003527), desenvolvido à cota altimétrica média de 70 metros, unindo dois outeiros aplanados, sobranceiros ao Rio Minho, na sua margem esquerda. A vertente mais escarpada encontra-se orientada para a margem ribeirinha. O aglomerado é totalmente rodeado pela cintura defensiva escalonada, preservando em grande parte a esplanada revestida por vegetação rasteira e arbustiva. Junto à fronteira, situa-se no nó viário de ligação entre a estrada nacional e a via rápida, que se dirigem para a pontes internacionais (v. IPA.00006218), numa zona de expansão urbanística recente e sob pressão imobiliária. As construções dispersas e dissonantes crescem entre a várzea e a encosta do Monte Faro. Na margem oposta, a nordeste e quase em frente, vê-se a cidade galega de Tui. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Não aplicável |
Afectação
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Não aplicável |
Época Construção
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Séc. 13 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENGENHEIROS MILITARES: Miguel de Lescole (séc. 17); Manuel Pinto Vilalobos (séc. 17-18); José Joaquim Champalimaud de Nussane (séc. 18); Maximiano José da Serra (séc. 18). |
Cronologia
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Época romana - hipotética origem do povoado em acampamento militar; séc. 11, finais - concessão de foral por D. Sancho I, delimitação do couto e amuralhamento, sendo o topónimo Contrasta; 1212 - destruição da vila por Afonso IX de Leão; 1217 - confirmação do foral sanchino; 1258 - Inquirições documentando a anterior estruturação do povoado; 1262 - renovação do foral por D. Afonso III; mudança do topónimo para Valença e provável ampliação da cerca; 1276, cerca - construção da Igreja de Santa Maria a cargo do Bispo de Tui; 1282 - concessão de carta de feira, renovada em 1315; 1381 - instituição da Colegiada de Santo Estêvão; 1448 - construção da Casa do Eirado; 1458 - criação da feira franca; séc. 15, 2ª metade - abertura de troneiras cruzetadas na porta S.; séc. 15 / 16 - fundação do Convento de Santa Clara; 1509 - levantamento feito por Duarte de Armas mostrando o núcleo tardo-medieval cercado por muralha dupla, interrompida por três portas; pertencia à casa do Marquês de Vila Real; 1512 - renovação do foral; 1513 - arrolamento da população: a vila contava com 201 fogos e a cerca estava arruinada; 1542 - nomeação do escrivão da obra dos muros e fortaleza; 1568 - existência de alfândega; séc. 17, 1ª metade - construção da Capela do Bom Jesus promovida por Pedro Saavedra; 1643 - tentativa de assalto espanhol; 1645 / 1646 - capítulos apresentados às Cortes expondo os prejuízos causados aos moradores, como a ocupação de casas para alojar soldados, ficando-se a saber que se encontravam danificadas as igrejas e a Casa da Câmara, esta requisitada para alojamento militar; 1647 - fixação do quartel-general do Governador das Armas da Província 2º Conde de Castelo Melhor; 1655 - integração do governo civil na Casa do Infantado; 1657 - nova tentativa de assalto espanhol; 1658 - remodelação da capela-mor da Igreja de Santo Estêvão; 1661 - fortificação promovida pelo Conde de Prado, Governador das Armas, cuja planta é atribuível a Miguel de Lescole (MOREIRA, 1986); 1662 - resistiu a ataque inimigo; 1664 - capitulação da praça; 1668 - recusa da Câmara em entregar as chaves ao governador das armas; certidão de Miguel de Lescole referindo a abertura clandestina de portas; 1680 - descoberta de um marco miliário romano, reutilizado como pelourinho; 1683 - Lescole enviou ao Conselho de Guerra uma planta da praça com o reduto do Bom Jesus, documento conhecido por uma cópia de Manuel Pinto Vilalobos; 1688 / 1720 / 1723 - datas inscritas em casas da Coroada, comprovando o progressivo preenchimento da malha urbana deste recinto, provavelmente traçada por Vilalobos (SOROMENHO, 1991); 1700 - conclusão das Portas da Coroada; reimplantação da Capela do Bom Jesus; 1704 - Domingos Álvares do Rego era empreiteiro das obras da praça, então dirigidas por Vilalobos, assistido pelo capitão-mor Gonçalo Teixeira Velho; 1706 - cabeça de comarca e contava 160 vizinhos; 1713 / 1715 - levantamentos de Manuel Pinto de Vilalobos: a cerca medieval foi ainda assinalada, o Revelim da Gaviarra e a tenalha de S. Francisco encontravam-se em projecto, existindo já o Paiol dos Açougues, que substituiu o antigo armazém do Lg. do Eirado, convertido em Armazém das Armas; 1715 - construção do paiol da Coroada; Domingos Álvares, mestre calceteiro, fez obras na calçada da vila, em parceria com Domingos Fernandes de Lamas de Mouros; 1721 - a Capela do Bom Jesus, atribuída a Vilalobos, ainda não estava concluída (SOROMENHO, 1991); 1732, Junho - parecer de Manuel Pinto Vilalobos sobre um acrescento de um muro que as religiosas do convento de Bom Jesus de Valença queriam levantar junto da muralha da vila, reprovando a sua pretensão; 1749 - construção da Igreja da Misericórdia; 1755 - derrocada da torre sineira de Santo Estevão; 1758 - desenho da Praça pelo Sargento-mor Gonçalo da Silva Brandão; segundo o relato do Padre António Lourenço Lajes, nas Memórias Paroquiais, não houve casa, templo ou edifício que não tivesse padecido ruína com o terramoto de 1 de Novembro; o convento do Bom Jesus, sem padroeiro e de jurisdição ordinária, tinha então uma comunidade com cerca de 40 freiras, 4 conversas e muitas criadas de dentro; 1762 - planta assinada pelo Capitão Engenheiro Jean Benoit Python; 1764 - formação do Regimento de Artilharia de Valença, sob comando do Coronel Luís d'Alincourt; 1765 - localização extra-muros do campo de exercícios militares; 1766 - reedificação da Fonte da Vila e do laboratório do Trem de Artilharia; 1766 / 1777 - levantamentos do Sargento-mor José Joaquim Champalimaud de Nussane, pai do militar homónimo que será Governador da Praça em 1812; diversas intervenções na esplanada; 1767 - entrega da Capela do Bom Jesus à Irmandade Militar de Nossa Senhora do Carmo; 1769 - extinção do Convento das Freiras de Santa Clara, depois adaptado a Quartel de Artilharia e Hospital Militar; 1783 - criação, promovida por João Victoire Miron de Sabionne, da Aula Real de Artilharia na Casa do Governo Militar; 1784 - edificação dos Passos da Via Sacra; 1792 - reconstrução da Igreja de Santo Estêvão, tendo o alargamento da capela-mor incorporado parte da rua; 1795 - relatório de Luís Pinto de Sousa refere que o aquartelamento do Regimento de Artilharia tinha as paredes de pé, mas o interior tinha os madeiramentos apeados, ordenando-se, por isso, a sua demolição; feitura dos alicerces para o novo edifício; demolição de parte do convento de freiras junto à Igreja de Santo Estêvão aproveitando-se o entulho para o cavaleiro do baluarte de São Francisco; 1796, Abril - encontrava-se quase concluída a reedificação do cano que cercava a muralha e que conduzia a água ao tanque; Agosto - Relatório de Carlos Mardel assinalando a conclusão de uma cozinha unida aos quartéis da 4ª e 5ª Companhia de Infantaria na Coroada, a qual tinha 48 palmos de comprimento e 16 de largura e 22 de altura; 1797 - início da construção de um quartel para o Regimento de Artilharia no lugar onde tinha existido o convento de freiras, e onde cabiam apenas 600 homens; a Coroada estava cheia de pequenas casas construídas com o consentimento dos antigos governadores; calcetamento das ruas com seixos rolados; levantamento de Maximiano José da Serra; séc. 18, finais - provável construção da Capela do Encontro; 1809 - ocupação francesa e explosão das Portas do Sol, destruindo edifícios próximos; 1810 - início da campanha de reconstrução dirigida pelo Tenente-Coronel Engenheiro Maximiano José da Serra e supervisionada pelo Tenente General Matias José Dias Azedo; derrube das construções existentes na área da esplanada; 1812 - reconstrução do revelim da Fonte; 1817 - reedificação da cortina de S. Francisco, encontrando-se as casas limítrofes arruinadas; 1819, 11 Novembro - João da Cunha Coutinho, com o carpinteiro Francisco João e o pedreiro João Pedro Pereira, examinaram o estado dos fornos e armazéns juntos na feitoria, concluindo que os fornos precisavam ser refeitos por estarem arruinados, tal como parte da parede N.; 1820 - ofício de Matias José Dias Azedo, enumerando vários problemas de conservação das obras de defesa e onde se destaca a necessidade de cumprir a proibição de construir casas civis sem autorização militar; 1828 - cerco das tropas realistas; 1834 - assédio das forças liberais; união das paróquias de Santo Estêvão e de Santa Maria; 1840 - conclusão do Hospital da Misericórdia erguido no terreno da antiga cerca conventual; 1837 - revolta dos Marechais; 1847 - revolta da Patuleia; 1853, 29 Outubro - arrematação da continuação da calçada da R. Direita da Coroada até às portas do Meio, pelo pedreiro António Manuel Góis, da freguesia de Lanhelas (5$100); 1864, Janeiro - decisão camarária para numerar todos os prédios da vila e renovar os nomes das ruas; 11 Fevereiro - o Governador da Praça mandou arborizar o caminho coberto que ia das Portas do Sol até às da Coroada; plantação de cerca de 400 árvores; Março - decidiu-se beneficiar a calçada da Misericórdia; 1865, 18 Novembro - decisão, em sessão camarária, de transferir o mercado dominical do Lg. de São João para o Lg. do Eirado; 1866, Janeiro - conclusão da numeração das casas da vila; 1873 - incêndio numa dependência da padaria militar, que ficou ao abandono; 1878 - transferência da Padaria Militar para Viana; 1880, Maio - notificação aos donos dos prédios urbanos da obrigação de conduzirem, por meio de encanamento, as águas dos telhados para a rua; 1882 - construção dos actuais Paços do Concelho; 1886, Janeiro - deliberação para colocar candeeiros de iluminação da calçada da Gaviarra, desde as Portas da Praça até à Av. da Ponte Internacional; Outubro - arrematação da obra de calcetamento da R. Direita, entre a Tv. dos Açougues e a 2ª esquina do Passadiço; 1893, Abril - calcetamento da R. da Oliveira; 1902, 16 Agosto - concessão do Ministério da Guerra a D. José Leiras Peres para colocação de 3 postes nas muralhas para iluminação eléctrica da vila; 1903 - início da instalação eléctrica na vila; 8 Junho - início do assentamento de lajedo no Lg. de S. João, R. Direita, (229$150); 1905, Março - Câmara decidiu demolir as barracas da Parada Velha; Outubro - Ministério ordenou o despejo das barracas da Parada Velha, dando a Câmara 350$000 de indemnização; 1906, 17 e 18 Março - aprovou-se em sessão camarária alargar a viela existente a E. da Igreja de Santo Estêvão, expropriando-se por utilidade pública a casa nº 38 da R. da Colegiada, ficando o terreno para a Câmara e a Junta da Paróquia com a responsabilidade de o embelezar; 1907, Junho - Câmara deliberou macadamizar a R. Conselheiro Lopes da Silva e a Pç. Municipal; Dezembro - início de expropriações para alargamento da viela para a Igreja de Santo Estêvão; 1909 - as feiras quinzenais voltaram a realizar-se na R. Apolinário da Fonseca e Lg. do Bom Jesus; 1912, Junho - a Comissão Municipal mandou demolir a praça velha da hortaliça e vários prédios, para poder abrir uma rua até ao Lg. dos Açougues; Setembro - ainda existia o hospital militar, administrado pelo 3º batalhão de Infantaria 3; 1913, Agosto - incêndio na R. Direita, com estragos no valor de 265$00; 1915, Julho - autorização do Ministério de Guerra à Câmara Municipal da cedência, por 400$000, do prédio da Principal e do largo da hospedaria militar para ajardinamento; 17 Julho - escritura de concessão do largo; 23 Julho - autorização para vender à Câmara o prédio militar situado no Lg. de D. Pedro, a Casa da Guarda Principal, por 400$00; 16 Agosto - escritura de venda; arrematação da obra de reconstrução da Av. do Cristelo e da estrada das portas da Coroada (228$000); ajardinamento do Lg. 7 de Julho de 1912; embelezamento da Av. do Cristelo; 1916, Fevereiro - Câmara mandou ajardinar o Lg. de São Sebastião, às portas da Coroada, e o da Hospedaria Militar; 5 Agosto - Câmara solicitou alargamento e mudança de directriz e rebaixamento do trecho da Av. do Cristelo, bem como o ajardinamento entre o revelim das Portas do Sol e a muralha; Novembro - Câmara decidiu ajardinar os largos intra-muros e baluarte do Socorro; 1916, Novembro - Ministério da Guerra autorizou as obras necessárias para romper a calçada de Cristelo, desde a fonte até às Portas do Sol; 1917, Março - adjudicação da obra de rebaixamento da Av. de Cristelo por 999$000 rs; 1918 - a Câmara solicita autorização para obras de modificação e alargamento da Av. do Cristelo; para esta obra, cortou-se a ligação entre o baluarte da Esperança e o revelim das Portas do Sol e respectivas obras exteriores; concessão à Câmara de terreno entre a Av. do Cristelo e o caminho para o cemitério, para tornar-se o local da feira de gado; Setembro - decreto declarando de "utilidade pública" a instalação eléctrica para iluminação pública e particular no concelho de Valença, de que era concessionária a Sociedade Eléctrica de Tui; Outubro - início da transferência do Hospital Militar para um dos dormitórios do Asilo Fonseca, por ordem do Governador Civil, devido à sua imundice e falta de conforto; pouco depois, procedeu-se a obras no edifício, instalando-se os serviços provisoriamente na caserna dos reformados; 1919 - construção da ponte dormente das Portas do Meio; reedificação da Igreja de Santa Maria; 1927 - saída da última guarnição militar; 22 Setembro - auto de entrega do edifício militar "Caserna dos reformados", cedido por contrato de arrendamento à Câmara por 3 anos, com a renda anual de 360$000, para alojamento do destacamento da Guarda Nacional Republicana; 1928, Maio - continuação da canalização das águas das azenhas para abastecimento da vila e especialmente de marcos fontanários a colocar intra-muros; 1929, Abril - decide-se que a Tv. Nova e a R. de São Cristóvão passassem a designar-se de R. Dr. José Maria Rodrigues e R. Dr. Pedro Augusto Dias; 1930, cerca - o Campo de Marte, era um espaço livre com a área de 4.373 m2, que havia sido parada do quartel do Batalhão de Caçadores nº 7; Junho - demolição do antigo edifício dos açougues que ameaçavam ruína, autorizando-se a venda dos respectivos materiais em hasta pública; 1931, Maio - início da instalação de telefones nas casas particulares, estando então inscritos 12 assinantes; 1932, Fevereiro - determina-se elaboração de orçamento para se demolir parcialmente os prédios da Padaria Militar e Caserna dos Reformados; 1933, 25 Maio - inauguração da rede urbana telefónica; 24 Novembro - arrendamento à Câmara do hospital militar, por 3 anos, por 1.200$00 anuais; 1934 - Campo de Marte avaliado em 4.375$00; 16 Fevereiro - arrendamento do prédio militar da Casa da Escola, por 5 anos e 1.200$00 ano, podendo apenas ser utilizado como escola; 1935, Agosto - decide-se arranjar o pavimento da antiga R. de São João, desde as Portas do Meio até à R. Direita, incluindo o largo; 1936,Abril - arrematação da obra de pavimentação da Av. dos Combatentes da Grande Guerra (antiga Av. de Cristelo), à Aguiar da Beira, Ldª (206.950$00); 1937, Junho - conclusão das obras na Avª dos Combatentes da Grande Guerra; 1939 - demolição do Corpo da Guarda Principal para construção da agência da Caixa Geral de Depósitos; 1940 - demolição da antiga atafona militar no Lg. do Eirado, e das casas contíguas, para construção dos Correios; 21 Fevereiro - delibera-se que o Lg. Marquês de Pombal se passasse a designar Lg. S. Teotónio; 20 Junho - auto de entrega do Campo de Marte ao Ministério das Finanças; 1941 - planta na Direcção de Engenharia com marcação dos antigos quartéis do batalhão de Caçadores nº 7 e a cozinha do regimento localizados perpendicularmente junto ao Paiol do Campo de Marte; Abril - adjudicação à firma valenciana Gomes e Cruz dos trabalhos de reparação e embelezamento da Pç. da República e R. Conselheiro Lopes da Silva (21.593$45); Maio - demolição dos casebres no Lg. do Governo Militar; 1943, 16 Novembro - auto de entrega da fortaleza de Valença ao Ministério das Finanças; 1948, Agosto - autorização da Direcção-Geral da Fazenda Pública para demolição do Hospital Militar; 9 Dezembro - deliberou-se mudar o fontanário da R. da Oliveira para o local onde se realizava o mercado municipal, no centro do extremo N. do local; séc. 20, 1ª metade - colocação na Praça da República do chafariz barroco proveniente do Mosteiro de Ganfei; 1951, Maio - Câmara solicitou a cedência do terreno ocupado pelo Hospital Militar, para urbanização e adquirir a cantaria necessária para embelezamento do Lg. de Santo Estêvão; 1953, 26 Fevereiro - Despacho do MOP concedendo à Câmara a comparticipação de 18.280$00 para o arranjo do Lg. de Santo Estêvão; Dezembro - autorização para execução do adro frontal à Igreja de Santo Estêvão em lajedo em vez do saibro previsto; 1958- Caixa Geral de Depósitos Crédito e Previdência informou a autorização de empréstimo à Câmara de 540 contos para a obra de abastecimento de água à vila; 1966 - o largo fronteiro à capela do Bom Jesus passou a chamar-se Lg. de São Teotónio e do largo fronteiro aos Correios voltou a chamar-se de Lg. do Eirado; 1991 - possuía 3853 habitantes nas freguesias urbanas (Cristelo Covo e Valença); 2013, 28 janeiro - criação da União das Freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão, por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Não aplicável |
Bibliografia
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ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Alto Minho, Lisboa, 1987; ALMEIDA, José Avelino de, Dicionário Abreviado de Chorographia, Valença, 1866; ALVES, Lourenço, Do Gótico ao Manuelino no Alto Minho (Monumentos Civis e Militares), Caminiana, Caminha, 1985, vol. 12, 37 - 150; ANDRADE, Amélia Aguiar, Vilas, Poder Régio e Fronteira: o Exemplo do Entre Lima e Minho Medieval, Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa, 1994; ANTUNES, João Manuel Viana, Obras Militares do Alto Minho: a Costa Atlântica e a Raia ao Serviço das Guerras da Restauração, Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras do Porto, 1996; ARMAS, Duarte de, Livro das Fortalezas, [1509 - 1521], Lisboa, 1990; BRANDÃO, Gonçalo Luís da Silva, Topographia da Fronteyra da Província de Entre Douro e Minho, [1758], Porto, 1994; CASTRO, Alberto Pereira de, A Praça-forte de Valença do Minho, Valença, 1995; ID., Valença nas Guerras da Restauração, Valença, 1995; ID., A Irmandade de Nª Sª do Carmo da Praça de Valença, a Capela e os Estatutos, Valença, 1995; CASTRO, Francisco Cyrne de, Na Guerra da Restauração, As "Fronteiras do Minho em Cortes", Caminiana, Caminha, 1981, vol. 4, 49 - 73; COSTA, António Carvalho da, Corografia Portuguesa, Lisboa, 1706; GUERRA, Luís de Figueiredo, Castelos do Distrito de Viana, Sep.ª O Instituto, Coimbra, 1926; LIMA, Henrique de Campos Ferreira de, Irmandade Militar de Nossa Senhora do Carmo da Praça de Valença do Minho, Sep.ª Boletim da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Lisboa, 1931; Praça-forte de Valença, Lisboa, DGEMN, 1964, Boletim nº 15; LIMA, D. Luís Caetano de, Geografia Histórica, Lisboa, 1736; MARTINS, João Maria de Oliveira, Os Franceses, a População de Valença e o Brigadeiro Custódio Cézar de Faria Freire de Andrade, Valença, 1997; MENEZES, D. Luís de, História de Portugal Restaurado, Lisboa, 1679 - 1698; MOREIRA, Rafael, Do Rigor Teórico à Urgência Prática: Arquitectura Militar, História da Arte em Portugal - O Limiar do Barroco, Lisboa, 1986, pp. 67-86; MOREIRA, Rafael, dir., História das Fortificações Portuguesas no Mundo, Lisboa, 1989; NEVES, Manuel Augusto Pinto, Valença na História e na Lenda, Valença, 1990; NEVES, Manuel Augusto Pinto, Valença das Origens aos Nossos Dias, Valença, 1997; NEVES, Augusto Pinto, Valença entre a História e o Sonho, Valença, 2003; Praça Forte de Valença - Sondagens Arqueológicas, Urbanismo & Construção - Principal, 9 Junho 2004; OLIVEIRA, A. Lopes de, Valença do Minho, s.l., 1978; PEREIRA, Hermâni, Fortaleza de Valença em obras de restauro a partir de Setembro, Diário de Notícias, 27 Agosto 2004; ROCHA, J. Marques, Valença, Gondomar, 1991; REIS, António Matos, O Foral de Valença, Valença, 1996; SEPULVEDA, Christovão Aires de Magalhães, História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Lisboa, 1902-1932; OLIVEIRA, António, A População de Caminha e Valença em 1513, Bracara Augusta, Braga, 1976, nº 69 -81, vol. XXX, 1º tomo, pp. 125 - 165; SOROMENHO, Miguel, Manuel Pinto Vilalobos, da Engenharia Militar à Arquitectura, Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa, 1991; TEIXEIRA, Manuel e VALLA; Margarida, O Urbanismo Português. Séculos XIII-XVIII, Lisboa, 2001; TRINDADE, Luísa, Urbanismo na composição de Portugal, dissertação de doutoramento, Coimbra, Universidade de Coimbra, 2009; VIEIRA, José Augusto, O Minho Pittoresco, Lisboa, 1886; VITERBO, Francisco Sousa, Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses, [1899], Lisboa, 1988. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMV; BN: Planta de Valença, 1713, Manuel Pinto Vilalobos (DA. 174 A); AHM: Planta da Prassa de Valença, Manuel Pinto Vilalobos, 1715 (3ª divisão, 47ª secção, nº 18515); GEAEM / DIE: Plan de la Place de Valença 1762, Jean Benoit Python (GEAEM - 2795); Planta da Praça de Valença, 1766, José Joaquim Champlimaud de Nussane (GEAEM - 2792); Planta Topographica da Praça de Valença, 1777, Idem (GEAEM - 2791); Planta Topographica da Praça de Valença, s.d., Idem (GEAEM - 2798); Planta da Praça de Valença, 1797, Maximiano José da Serra (GEAEM - 3114), 1813 e 1814, Idem (GEAEM - 2823 / 2824); Plantas para a Reedificação do Aquartelamento do Regimento de Artilharia de Valença, 1795, Filipe Neri da Silva (GEAEM - 2843); Planta de Valença do Minho, s.d., Pedro Celestino Soares (GEAEM - 2745); Planta da Praça de Valença, 1809, Francisco Arbués Moreira (GEAEM - 2755 / 2757); Perspectiva do Interior da Cortina, Tranzito e Cazernas da Poterna do Sol, 1811, Carlos Amarante (GEAEM - 2776); Plantas, alçados e cortes do Trem de Artilharia, 1853, António Gandra (GEAEM- 2814 / 2815); Pavimentos Projectadas da Hospedaria Militar, 1854, Idem (GEAEM - 2852); Adaptação do Extinto Trem a Hospedaria Militar, 1854, Francisco de Paula e Sousa Pegado (GEAEM - 2845 / 2849, 2859 / 2862); Coroada, 1874, Pedro Alves Avelar Machado (GEAEM - 2853 / 2855); DGOTDU: Arquivo Histórico, Anteplano de Urbanização de Valença - Anteplano, Arq. Carlos Ramos, 1958; Estudo de valorização turística e urbanística da Vila de Valença do Minho, Arq. Carlos Ramos, 1959; Valença - Anteplano - 1ª Fase, Arq. Carlos Ramos e Arq. Viana de Lima, 1966. |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; AHM; GEAEM |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSARH, Plano de Melhoramentos de Valença do Minho: Expropriações, Primeira e Segunda Fase (DSARH-010/272-0167 a 0174); Urbanização de Valença, (DSARH-005-2938/03); AHM: Fortaleza de Valença, 3ª Divisão, 9ª Secção, Caixa 9, 10, 11; ANTT; ADVC; Direcção dos Serviços de Engenharia do Exército Português: Repartição do Património - Concelho de Valença - Tombo do Prédio Militar nº 2/1; DGARQ/TT: Casa do Infantado - Comarca de Valença, Mç. 1111; DGOTDU: Arquivo Histórico , Anteplano de Urbanização de Valença - Anteplano, Arq. Carlos Ramos, 1958; Estudo de valorização turística e urbanística da Vila de Valença do Minho, Arq. Carlos Ramos, 1959; Valença - Anteplano - 1ª Fase, Arq. Carlos Ramos e Arq. Viana de Lima, 1966. |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1939 / 1940 - conservação e limpeza das muralhas; (com CMV) 1939 / 1950 - construção do Monumento aos Mortos da Grande Guerra junto ao Paiol da Coroada; 1940 / 1941 - demolição do Quartel dos Reformados; 1941 / 1943 - apeamento e reconstrução da porta medieval; 1943 - demolição do Quartel de Artilharia; 1944 / 1945 - limpeza geral das muralhas; 1947 - demolição das casas situadas junto à porta do Revelim da Coroada; 1950 - demolição de casas particulares situadas em prédios militares; 1951 - demolição do Hospital Militar; 1952 / 1956 - obras de adaptação da Casa do Governador a repartições públicas; 1955 / 1956 - reconstrução do muro de suporte da Fonte da Vila; 1957 - intervenção na Porta da Coroada; arranjo da cobertura do Paiol de Marte; 1958 - início do processo de construção da Pousada; 1958 / 1959 - conservação da antiga Casa do Governador; reconstrução da cortina entre o Baluarte de S. João e o de Nª Sª do Carmo; (com CMV) 1959 /1950 - elaboração do Plano de Melhoramentos e Plano de Urbanização; 1960 - construção de três chafarizes; 1960 / 1961 - demolição das ruínas da Padaria Militar e arranjo da praceta; 1960 / 1962 - construção do acesso à Pousada; 1960 - construção da Casa dos Magistrados no Campo de Exercícios junto às Portas da Coroada; 1960 / 1961 - restauro do Paiol dos Açougues; 1960 - arranjo da praceta junto à Casa do Governador, incluindo a demolição de prédios particulares; 1960 / 1961 - reparação do Paiol de Marte; 1961 - restauro e limpeza das muralhas nos Baluartes do Socorro e S. Francisco e das Casamatas da Porta da Coroada; demolição de anexo adossado ao Paiol da Coroada; demolição do Armazém do Freixo, situado em frente da Igreja de Santo Estêvão; 1962 - diversas intervenções nas muralhas; restauro da Capela do Bom Jesus; demolição do muro anexo à Igreja de Santo Estêvão; regularização do terreno do Armazém do Trem; início da construção do Palácio da Justiça; 1963 - diversas intervenções na fortaleza; demolição de prédios junto à Capela do Encontro; (com CMV) - 1963 / 1972 - renovação da rede eléctrica; 1960 - beneficiação dos arruamentos da vila; 1964 - beneficiação dos arruamentos da vila; arranjo dos muros do Campo de Marte e do Largo Veríssimo de Morais; 1976 - consolidação do Baluarte de S. João e regularização do terreno; 1977 - conservação da cobertura do Paiol de Marte e limpeza do terreiro envolvente na Coroada; 1997 - iluminação monumental das fortificações; (com CMV) 1998 / 1999 - recuperação do Paiol dos Açougues para instalação de espaço museológico; CMV: 1983 - constituição de GTL (não foi elaborado Plano de Salvaguarda); 1989 / 1990 - construção de instalações sanitárias subterrâneas na Coroada; 1994 - implantação de parque de estacionamento junto às Portas do Sol e na cortina de S. Francisco; 1999 - Regulamento da Protecção Civil para o Centro Histórico; CMV / Associação Comercial: aplicação do programa Procom no eixo central; Ministério da Justiça: 1999 - remodelação do Palácio da Justiça e antiga Casa do Governador; CMV: 2004 / 2005 / 2006 - requalificação da praça forte, com intervenção ao nível das infra-estruturas subterrâneas, pavimentos e funcionalidade das ruas: 1ª fase - coroada; criação de galerias técnicas para receber o sistema de abastecimento de água, saneamento básico, telecomunicações e rede eléctrica; criação de três novos espaços na Coroada: um na antiga praça de armas com criação de nova praça para acolher eventos culturais ao ar livre; no recinto das antigas casernas militares com criação de parque de estacionamento; e na parada velha um jardim elíptico; substituição do pavimento para calçada à portuguesa e lajeado; iluminação com sistema seguindo o esquema dos candeeiros de início do séc. 20; criação de circuito no perímetro superior da Coroada em saibro, pontuado por carvalhos alvarinhos; construção de edifício para apoio a actividades de lazer; no largo do Bom Jesus colocação de pavimento em granito e no declive do pano de muralha a construção de fonte longitudinal com muro de água; DGEMN / CMV: 2005 / 2006 - recuperação a adaptação do paiol do Campo de Marte a Posto de Turismo; 2006 - início das obras de requalificação da zona mais antiga, no alinhamento do Palácio da Justiça com a Antiga Caixa Geral de Depósitos, com a criação de pavimentos e criação de percursos pedonais na zona da muralha; prospecções arqueológicas no local. |
Observações
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Existe a hipótese da correspondência à Valença referida por Tito Lívio, oppidum que em 136 a.C. foi dado pelo pretor Décio Jonio Bruto aos soldados veteranos. Há ainda a registar o achado de uma lápide funerária que documenta a passagem de um destacamento da legião VI e o marco miliário encontrado em 1680 no lugar do Cais. Nesse lugar parecem existir ainda vestígios do antigo cais e respectiva escadaria (NEVES, 1990). Dado que Valença revela significativa dinâmica comercial, apenas de certo modo turística, convém salvaguardar o centro histórico de projectos desajustados, tais como a abertura de túneis ou a instalação de elevadores panorâmicos. Mudança de toponímia da vila: em Janeiro de 1866, faz-se a mudança de nome do Campo da Parada para Campo de Marte, Eirado da Feira para Lg. do Eirado; em Julho de 1905, mudou-se o nome da R. de São João para Conselheiro Lopes da Silva; em Setembro de 1906, em sessão camarária, aprovou-se a mudança do nome da R. da Parada Velha para Lg. Veríssimo Morais; em Janeiro de 1911, procedeu-se à mudança de designação do Lg. São João para Pç. da República (antes já se tinha chamado Lg. de João Franco); em Julho de 1912, a Câmara muda o nome do Lg. 7 de Julho para Lg. de São Sebastião; em Fevereiro de 1920, a Câmara decide mudar o nome do Lg. do Bom Jesus para Pç. Dr. José Augusto Soares, a R. da Colegiada para R. Sousa Morais a R. Direita para Mouzinho de Albuquerque; em 1947 procedeu-se à mudança do nome do Lg. 7 de Julho de 1912 para Lg. Manuel Maria Rodrigues. |
Autor e Data
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Anouk Costa, Margarida Tavares, Teresa Ferreira 1999 |
Actualização
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Paula Noé 2007 / João Almeida (Contribuinte externo) 2018 |
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