Núcleo urbano da cidade Covilhã / Núcleo intramuros da Covilhã

IPA.00005904
Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso
 
Núcleo urbano sede municipal. Cidade situada em encosta. Vila medieval com castelo e cerca urbana. Traçado urbano com características marcadas pela implantação em encosta, assente numa estrutura viária irregular, dita orgânica ou espontânea. Não tendo passado por processos marcantes de reordenamento da malha urbana, manteve os elementos principais caracterizadores das urbes intramuros do início da nacionalidade. Os espaços públicos são praticamente inexistentes, excepção feita a pequenos largos que se abrem anexos aos eixos principais, característica reveladora da persistência do traçado dos séculos 12 e 13. À semelhança de outros traçados desta época a igreja matriz - a única existente no intramuros - localiza-se a meio do principal percurso que liga a Porta da Vila ao Castelo, fronteira a um largo que se abre adjacente à rua. Na Covilhã, tal como sucedeu em Silves, os Paços do Concelho setecentistas foram construídos junto da porta da Vila mas voltados ao exterior tendo o largo do Pelourinho ocupado o Rossio exterior à muralha. Do edificado destacam-se dois tipos de referência da arquitectura residencial implantada em lote estreito: a casa multifamiliar e a casa corrente de 2 e 3 pisos, com e sem loja. Sede municipal. Um dos principais aglomerados urbanos do interior norte do país, hoje cidade universitária e principal acesso ao ponto mais alto de Portugal - a Torre - situando-se no flanco oriental desta. Cidade com forte cultura operária é ainda um dos principais centros europeus de lanifícios tendo vindo a assumir uma actividade económica regular nos últimos oito séculos, primeiro como manufactura, depois como indústria. Desde muito cedo o trabalho com lanifícios começou a marcar a vida da população tendo a carta de foral aberto caminho para a implantação de várias manufacturas assim como a existência de meios naturais de fornecimento de energia hidráulica - ribeiras da Carpinteira e da Degoldra. São ainda visíveis hoje em dia alguns dos edifícios das antigas fábricas como é o caso da Fábrica-Escola fundada pelo Conde da Ericeira e a Real Fábrica dos Panos criada pelo Marquês de Pombal, sendo esta última actualmente um dos polos da Universidade da Beira Interior. A par do crescimento industrial, desenvolveu-se também o sector da agricultura, pastorícia e fruticultura. A cidade esteve também intimamente ligada às Descobertas; através da figura de Pêro da Covilhã, explorador na costa oriental de África e no ocidente da Índia, colaborou na preparação de viagens de Vasco da Gama à Índia, e ao avanço da ciência, de que é exemplo o trabalho de Rui Faleiro, cosmógrafo, organizador da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães.
Número IPA Antigo: PT020503170019
 
Registo visualizado 5793 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Cidade  Vila medieval  Vila fortificada  Régia (D. Sancho I)

Descrição

Núcleo muralhado de matriz medieval, com formato aproximado ao quadrangular, de cuja cintura fortificada permanecem hoje visíveis apenas alguns troços e vestígios das suas cinco portas: a Porta da Vila, anteriormente aberta sobre a Praça do Município (antiga Praça do Pelourinho); a Porta do Sol, situada a S. do núcleo intramuros; a Porta de São Vicente, junto à R. de Olivença, a Porta do Castelo, a O. e a Porta de Altravelho, a N., na proximidade da Rua do Norte. Dos troços remanescentes destacam-se os panos de muralha visíveis na Rua do Norte; na Rua António Augusto Aguiar - onde se localizava a Porta do Sol; na Rua Cristóvão de Castro; na zona da Porta do Castelo, no topo da Rua Capitão João de Almeida, encontram-se também alguns troços interrompidos de muralha integrados num pequeno núcleo de instalações fabris, hoje em ruína. Traçado urbano orgânico, de crescimento espontâneo cujo núcleo fundacional se encontra no local mais elevado onde anteriormente se encontrava implantado o Castelo, estende-se nas vertentes NE. e SE. com ruas que desenham quarteirões de tamanhos e formas irregulares como resultado da adaptação das construções à topografia acidentada do terreno. Característica a realçar é a dimensão dos logradouros interiores dos quarteirões, situação resultante da pouca densidade construtiva. Desde o séc. 16 que se verifica o gradual abandono do intramuros, em detrimento do crescimento dos arrabaldes da Vila. Identifica-se na estrutura urbana a existência demarcada de um eixo N./S., no meio do qual se localiza a Igreja de Santa Maria Maior (a igreja matriz da Covilhã, v. PT020503170037), formado pela Rua da Senhora da Paciência, complementado pela Rua da Assunção, passando pelo Largo de Santa Maria e descendo na direcção de uma das portas da muralha, a de Olivença, atravessando a Rua de Olivença. Este eixo fundamental é complementado pela Rua das Portas do Sol em direcção à Porta do Sol. No sentido E./O., e devido ao relevo, o eixo não se encontra tão demarcado no terreno; de qualquer forma existe um percurso de atravessamento do núcleo que ligaria a Porta da Vila à Porta do Castelo através da Rua 1º de Dezembro (antiga Rua da Praça da Igreja de Santa Maria), passando pela Rua Alexandre Herculano (antiga Calçada de Santa Maria). Este eixo é complementado pela Rua do Jornal de Notícias da Covilhã (antiga Rua de Santa Maria). Seguindo pela Travessa de Santa Maria ou Travessa do Castelo e subindo pelas Escadinhas do Castelo, junto ao antigo Estendedouro de Lãs (v. PT020503170238) e Beco do Castelo acede-se à zona do antigo castelo e da porta com o mesmo nome. Sendo um dos eixos principais da vila o formado pela Rua Alexandre Herculano e Rua 1º de Dezembro, é nele que se localizam os imóveis de utilização não residencial e as residências abastadas, destacando-se alguns dos edifícios mais significativos do intramuros: a Cisterna situada no início da Rua 1º de Dezembro (v. PT020503170010), a Casa dos Magistrados igualmente na Rua 1º de Dezembro (v. PT020503170020), a Igreja de Santa Maria Maior (v. PT020503170037), a Casa das Morgadas na Rua Alexandre Herculano (v. PT020503170008), a Casa na Rua Alexandre Herculano, nº 15-17 (v. PT020503170055) e a Casa Senhorial na Rua do Jornal de Notícias da Covilhã (v. 020503170293). Estes dois eixos, em cujo cruzamento se localiza a Igreja de Santa Maria Maior e o respectivo largo de dimensões muito reduzidas, dividem o núcleo em quatro quadrantes. A zona O. do eixo N./S. do conjunto caracteriza-se por uma maior heterogeneidade do traçado identificando-se diferenças de implantação dos edifícios a N. e a S. do eixo formado pela Rua José Espiga / Rua do Jornal de Notícias da Covilhã. Na zona a N. predominam os espaços não edificados, desenhando quarteirões com logradouros de grandes dimensões. De referir ainda o alargamento da Rua Pedro Álvares Cabral (antiga Rua dos Hermínios), que anteriormente estaria ligada a um dos postigos da muralha. A par desta situação, outros alargamentos de vias se verificaram dentro do núcleo, fruto de intervenções ocorridas durante a 2ª metade do séc. 20; exemplo dessa situação é o troço N. da Rua da Senhora da Paciência e um troço da Rua das Portas do Sol onde para além da redefinição da largura das ruas existiram também alterações na cércea dos edifícios. Na zona a S. a ocupação é mais densa, predominam quarteirões mais pequenos e lotes com frentes de menor largura, estruturados por eixos estreitos e íngremes. A E. do eixo N./S. do conjunto identificam-se duas zonas mais estruturadas, de formato ovalado, sensivelmente simétricas entre si tomando como eixo o formado pelo Largo da Igreja de Santa Maria e a Rua 1º de Dezembro. Nestas duas zonas torna-se clara a adaptação do traçado ao relevo com a abertura de vias circulares de nível: a N. a Rua da Assunção e a Rua dos Bombeiros Voluntários (antiga Rua dos Padres Grainha) e a S. a Rua 1º de Dezembro, Rua 6 de Setembro e Rua das Portas do Sol. No centro de cada uma destas zonas localiza-se um largo - na zona a S. o Largo Dr. Valério de Morais e a N. o Largo da Ramalha - para onde convergem as ruas perpendiculares às circulares exteriores. Ambos os espaços assumem características muito próximas da estrutura da cidade medieval em que o largo se situava frequentemente nas proximidades de uma das portas da muralha. Dos espaços públicos existentes no intramuros identificam-se como estruturantes: o Largo de Santa Maria que enquadra a fachada principal da igreja e apresenta uma planta quadrangular com uma área muito reduzida relativamente à dimensão da igreja e o largo que se abre ao longo da fachada lateral S. da igreja, no final da Rua 1º de Dezembro. Este apresenta uma planta irregular e de maiores dimensões, que complementaria o Largo de Santa Maria na sua função de espaço público principal. No extremo oposto da Rua 1º de Dezembro subsiste um espaço alargado que corresponderia ao largo junto da antiga Porta da Vila. Actualmente é um espaço de circulação dominado pela fachada posterior do edifício da Câmara Municipal, tendo perdido a sua função vital de ligação entre o intramuros e o Rossio/Praça do Pelourinho. A par destes encontram-se diversos largos secundários, de formato variado, desprovidos de quaisquer equipamentos ou espaços verdes. As grandes intervenções do início do séc. 20 vieram a modificar significativamente a face E. da vila com a alteração da Praça do Município. As ruas existentes a N. e a S. da Rua António Augusto Aguiar, onde anteriormente se encontrava o núcleo primitivo de casas dos judeus da Covilhã, e que convergiam para a zona da actual Praça do Município viram a sua configuração alterada com a construção dos actuais Paços do Concelho. No interior do núcleo intramuros podem identificam-se dois tipos de referência da arquitectura residencial corrente: a casa multifamiliar de lote estreito e a casa corrente de 2 e 3 pisos, com e sem loja também implantada em lote estreito. Este tipo de construção encontra-se concentrado na Rua Alexandre Herculano e nos quarteirões a S. deste eixo, nomeadamente na Rua do Cotovelo, na Rua do Jardim e na Rua das Portas do Sol. A construção corrente é predominantemente em alvenaria de pedra ordinária com cobertura em telha de canudo nas construções até ao séc. 18. Ainda no séc. 18 e a partir do séc. 19 surgem os edifícios com o 3º piso com estrutura de madeira e taipa de fasquio*2. O revestimento das empenas com placas de ardósia ou chapa e os beirados muito salientes, rematados com aba corrida de madeira surgem como protecção para a neve e a chuva mais frequentes, assim como as coberturas de inclinação acentuada, que resultam com frequência no aproveitamento do sótão como espaço habitável e nas empenas voltadas à fachada principal. Ao nível dos vão é notável a existência de janelas de guilhotina e a presença de cantarias de portas biseladas. Utilização frequente de madeira nas guarnições dos vãos de janelas e dos cunhais nos pisos superiores, construídos com estrutura de madeira e taipa de fasquio.

Acessos

Praça do Município, Rua do Norte, Rua Capitão João de Almeida, Rua D. Cristóvão de Castro, Rua António Augusto de Aguiar e Rua Marquês Ávila e Bolama. *1

Protecção

Inclui Casa das Morgadas (v. PT020503170008) / Cisterna da Covilhã (no edifício da Rua 1º de Dezembro nº10) (v. PT020503170007) / Pelourinho (fragmento) (v. PT020503170001) / Casa dos Ministros / Casa dos Magistrados (V. PT020503170020) / Muralhas da cidade (v. PT020503170010) / Câmara Municipal (v. PT020503170033) / Edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones (v. PT020503200079)

Enquadramento

Urbano. Paisagem envolvente caracterizada pelas várias serras que a atravessam - serras da Estrela e da Lousã e com as serras da Gardunha, Malcata, Alvelos e Muradal - solos férteis responsáveis pela variedade de usos agrícolas e consequente diversidade visual, povoamentos densos e dispersos entre si e uma ampla rede de vias de comunicação. Concelho situado no eixo N./S. entre Castelo Branco e a Guarda, encontra-se a cerca de 20km do ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre. Pertencente ao distrito de Castelo Branco, conta com uma população de perto de 54.000 habitantes distribuídos por 550km2, estando limitado a N. pelos concelhos de Manteigas (a 28km) e Seia (a 48km), a E. pelo concelho de Oliveira do Hospital (a 69km), a S. pelo concelho do Fundão (a 23km) e a O. Pelo concelho de Belmonte (a 33km). Cidade que deve a sua importância estratégica à localização entre a Serra da Estrela e o Vale do Zêzere e ao corredor de ligação entre o Norte e o Sul, pelo interior, designado de Cova da Beira. A cidade, situada na vertente oriental da Serra da Estrela a cerca de 700 metros de altitude, encontra-se rodeada por duas ribeiras, a Degoldra e a Carpinteira. Antigamente confinada entre as duas ribeiras, a cidade estende-se hoje para S. na direcção da Vila de Tortosendo e para N. aproximando-se da Vila do Carvalho. Perímetro urbano formado por quatro freguesias - Santa Maria, Conceição, São Martinho e São Pedro. O acesso ao núcleo intramuros, mais concretamente à Praça do Município, é feito pela Rua Marquês Ávila e Bolama seguindo à esquerda pela Rua do Visconde da Coriscada. Na proximidade imediata do núcleo intramuros da Covilhã destacam-se o Teatro Cine (v. PT020503170072), Edifício da Caixa Geral de Depósitos (v. PT020503170073), Igreja da Misericórdia (v. PT020503170013), Capela de Santa Cruz / Capela do Calvário (v. PT020503170002), Palacete Jardim (v. PT020503170075), Capela de São Silvestre (v. PT020503170066), Fonte das Três Bicas (v. PT020503070036), Edifício da Inspecção Geral do Trabalho (v. PT020503070081), Escola Primária da Covilhã (v. PT020503070180), Antigo Dispensário da Covilhã (v. PT020503070182), Garagem de São João (v. PT020503200087), Tribunal de Comarca (v. PT020503200176), Capela de São João da Malta (v. PT020503200067), Igreja de São Tiago (v. PT020503200068), Capela de São Martinho (v. PT020503190004).

Descrição Complementar

Não aplicável

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Não aplicável

Afectação

Não aplicável

Época Construção

Séc. 12 / 13 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 01 a.C. - com a ocupação completa da Península, os romanos terão fundado burgos fortificados, nalguns casos sobre antigos castros lusitanos; 41 a.C. - aparece perto da baixa encosta da Covilhã uma povoação chamada Sília Hermínia, nome derivado de Sila, o Cônsul romano vencedor da batalha de Munda; 1186 - concedida a Carta de Foral por D. Sancho I e é erguida a primeira cintura de muralhas; 1209 - incursões muçulmanas obrigam a nova reconstrução; 1217 - confirmado por D. Afonso II em Coimbra o 1º Foral concedido à Covilhã por seu pai; 1303 - confirmação por D. Dinis do primeiro foral da Covilhã instituído por D. Sancho I; 1411 - D. João I concede à Vila da Covilhã uma feira franqueada anual de vinte dias por Santiago; 1453 - por provisão D. Afonso V declara a Covilhã uma das principais povoações da Beira; 1468 - os moradores da vila solicitam a D. Afonso V que mande fechar as janelas das casas da judiaria; 1471 - por carta régia, D. Afonso V autoriza o Infante D. Diogo a suceder no senhorio da Covilhã; 1489 - por morte do Infante D. Diogo ocorrida nesta data, D. João II doa o senhorio da Covilhã a seu primo, o infante que mais tarde viria a ser D. Manuel I; 1496 - assinatura por D. Manuel do decreto de expulsão dos hereges; 1510 - é concedido por D. Manuel I um segundo foral à Covilhã onde lhe foram conservados todos os seus antigos privilégios; 1527 - carta em que D. João III atribui ao Infante D. Luís o senhorio da Covilhã; 1570 - 6 Junho, D. Sebastião concede à Covilhã o título de "notável"; 1577 - data em que foi fundada na Covilhã a irmandade da Santa Casa da Misericórdia com o mesmo compromisso da Misericórdia de Lisboa; 1580 - por alvará de D. Filipe I são confirmados à Vila da Covilhã os privilégios, liberdades e mercês que os reis seus antecessores lhe haviam concedido; 1614 - construção dos paços do concelho, por ordem de Filipe I, sobre o pano nascente da muralha medieval, integrou, na sua fachada, a antiga Porta da Vila; 1619 - a Câmara de Lisboa fez contrato com Paulo Domingos, oficial de neveiro, que consistia em levar para a capital 96 arrobas de neve da Serra da Estrela para o fornecimento diário entre 1 de Junho e 30 de Setembro, a neve retirada ia em carros até à Barquinha e daí em barcos até Lisboa onde era guardada em poços havendo um junto do Convento da Graça e outro no Castelo de São Jorge; 1673 - por ordem do príncipe regente, vieram de Inglaterra cinco mestres para as fábricas de panos da Covilhã; 1710 - D. João V ordena que na vila da Covilhã se fabriquem todas as fardas para o seu exército; 1734 - Prior de São Silvestre refere que as muralhas formavam um polígono regular que se fechava na parte mais alta; 1755 - as muralhas e as torres do Castelo sofreram grandes danos com o terramoto; 1761 - é ordenada a construção do edifício da Real Fábrica dos Panos; 1769 - o castelo começa a ser desmantelado, aproveitando-se o material para outras construções; 1788 - por alvará de D. Maria I, a administração das fábricas da Covilhã e passada para particulares; 1822 - António Pessoa de Amorim compra ao governo as fábricas reais de lanifícios da Covilhã e do Fundão; 1838 - são utilizadas pela primeira vez nas fábricas de lanifícios as cardas e fiações mecânicas de lã; 1840 - portaria que aprova os estatutos da Associação Fabril da Covilhã; 1851 - incêndio que destrói o Convento de S. Francisco da Covilhã, cuja cerca e claustro ocupavam aproximadamente a área do actual Jardim Público, Largo de S. Francisco e Rua Nogueira dos Frades; 1863 - destruído o pelourinho da Covilhã que se encontrava situado em frente do antigo Paço Municipal; 1870 - a vila é elevada à categoria de cidade por D. Luís I; 1887 - é aprovado através de portaria o projecto da linha-férrea da Beira Baixa até à estação da Covilhã no local denominado "a Corredoura"; 1891 - foi decretada a autonomia do concelho da Covilhã. Este concelho era, nesta data, um dos mais extensos do país contando com 27 freguesias; 1891 - inauguração do troço de caminho de ferro da Beira Baixa compreendido entre as estações de Abrantes e Covilhã; 1916 - fundação da Biblioteca Municipal da Covilhã tendo sido aberta ao público em Julho do ano seguinte; 1940 - foram fechados os postos existentes nas entradas da cidade onde eram cobrados impostos, passando a ser livre a entrada de mercadorias; 1943 - inauguração do Mercado Municipal da Covilhã; 1944/ 1958 - obra realizada no conjunto composto pelo Edifício Municipal, Correios, Caixa Geral de Depósitos e Cineteatro Covilhanense; 1945 - inauguração do Teatro-Cine da Covilhã pela companhia Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro; 1957 - aprovação do plano de João António de Aguiar; 1958 - inauguração do actual edifício da Câmara Municipal da Covilhã que veio ocupar o espaço em que estava edificada a construção filipina dos Paços do Concelho desde 1614; 1973 - por decreto-lei n.º402, foi criado o Instituto Politécnico da Covilhã que mais tarde, através da lei n.º44/79 de 11 de Setembro viria a tornar-se no Instituto Universitário da Beira Interior; 1986 - é instituída a Universidade da Beira Interior, pelo decreto-lei n.º76/B sucedendo ao Instituto Universitário; 2001, 21 de Junho - constituição da sociedade Polis Covilhã. Sociedade para o Desenvolvimento do Programa Polis na Covilhã, S.A.; 2013, 28 janeiro - criação da União das freguesias de Covilhã e Canhoso por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19.

Dados Técnicos

Não aplicável

Materiais

Não aplicável

Bibliografia

SILVA, José Aires, História da Covilhã, Covilhã, 1970; SANTOS, José Mendes dos, Toponímia Covilhanense, Covilhã, 1982; ISIDORO, Alcina e outros, Do Foral à Covilhã do século XII, Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico e Cultural da Covilhã, Covilhã, 1988; OLIVEIRA, Manuel Alves de, Guia Turístico de Portugal de A a Z, Lisboa, 1990; Cadernos de Divulgação do Património, Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural da Covilhã, n.º 1- 1994; PROENÇA, Raul, Guia de Portugal - 3º volume, Beira - II tomo (Beira Baixa e Beira Alta), 2º edição, Lisboa, 1994; FONSECA, João Pinheiro da, A hora da requalificação, in Jornal do Fundão, 06 Julho 2006; MONUMENTOS, nº 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009.

Documentação Gráfica

IHRU: SIPA; CMC; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano Geral de Urbanização da Covilhã, Arq. João António de Aguiar , 1952; Plano de Urbanização da Covilhã - Arranjo do Centro Cívico, Arq. Inácio Peres Fernandes, 1959; Plano Director de Urbanização da Cidade da Covilhã -- Estudos Preliminares e Inquéritos Urbanísticos, HP - Hidrotécnica Portuguesa, 1972)

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA, DGEMN/DSID; CMC

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSARH (Urbanização da Covilhã, DSARH-005-4860/02); DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano Geral de Urbanização da Covilhã, Arq. João António de Aguiar , 1952; Plano de Urbanização da Covilhã - Arranjo do Centro Cívico, Arq. Inácio Peres Fernandes, 1959; Plano Director de Urbanização da Cidade da Covilhã -- Estudos Preliminares, HP - Hidrotécnica Portuguesa, 1972); CMC

Intervenção Realizada

C.M.C: 2000 - requalificação da Casa dos Magistrados, requalificação do Edifício do Mercado Municipal; 2001, Junho - requalificação do Jardim Público; 2001, Outubro - requalificação do Edifício Arte e Cultura; 2003 - requalificação da Praça do Município e envolvente por Nuno Teotónio Pereira (Arquitectura) e Irene Buarque (Escultura), construção do silo auto da Praça do Município; 2008 - criação da rota do centro histórico; 2009, Março - escadinhas e elevador de S. André projecto do Arq. Luís Cabral; GTL Covilhã / C.M.C.: 2004/2005 - requalificação dos arruamentos da zona intra muros, incluindo obras de re-infraestruturação e repavimentação de ruas, largos e praças (fases I e II); GTL Covilhã: 2007 - requalificação dos arruamento da zona da judiaria e Rua dos Combatentes da Grande Guerra, incluindo obras de reinfraestruturação e repavimentação de ruas, largos e praças, requalificação do poço quinhentista no beco junto à Rua Alexandre Herculano (antiga Calçada de Santa Maria) (zona intramuros).

Observações

*1 Incluído também nas freguesias da Conceição e de São Martinho *2 Taipa de fasquio: técnica construtiva aplicada nas paredes, exteriores e interiores, dos pisos superiores da habitação corrente de algumas zonas do Norte do País. São compostas por uma estrutura em tábuas de madeira pregadas (na vertical, diagonal e travadas na horizontal) preenchida com argamassa, cal e areia. Esta estrutura é executada sobre uma parede de alvenaria de granito aparelhada que compõe a estrutura do piso térreo.

Autor e Data

Anouk Costa, Cláudia Morgado, Marta Clemente, Rita Vale 2009

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login