Mosteiro de Paço de Sousa / Igreja Paroquial de Paço de Sousa / Igreja do Salvador

IPA.00005317
Portugal, Porto, Penafiel, Paço de Sousa
 
Arquitetura religiosa, românica, gótica, seiscentista, setecentista e do séc. 20. Mosteiro beneditino composto por igreja e zona regral que se desenvolve no lado esquerdo, prolongando-se num corpo ao longo do terreiro, parcialmente desaparecido. Igreja de planta em cruz latina, românica, reconstruída segundo o esquema mendicante, com três naves escalonadas, cobertas a madeira e iluminadas por frestas laterais, transepto inscrito e cabeceira de perfil curvo, composta por longa capela-mor, para integrar o coro monástico, e abdisíolos laterais, estes com coberturas em abóbada e a capela-mor com abóbada do tipo lunetas. Fachada principal tripartida, revelando o esquema interno, com pano central em empena, rasgado por portal escavado de múltiplas arquivoltas e por rosácea, de feitura novecentista. Fachadas rematadas em bandas lombardas, rasgadas por portas travessas, a do lado N. simples e a oposta escavada e de tripla arquivolta. Interior com as naves divididas por pilares cruciformes, marcadas por arcos torais de perfis apontados, tendo pia batismal no lado do Evangelho. Capela-mor com retábulo de talha pintada, tardo-barroco, de planta côncava e três eixos. A zona regral desenvolve-se em torno de claustro quadrangular, maneirista, com o piso superior de arcos de volta perfeita assentes em pilastras toscanas, e o segundo piso fechado, com janelas de sacada retilíneas. Para as alas abrem a sacristia, maneirista, com lavabo, dois arcazes e oratório, e outras dependência, surgindo, na ala O., a casa paroquial. Igreja de construção românica, de que subsistem alguns contrafortes, atualmente sem função, os portais axial e S., arcosólios, os absidíolos e, provavelmente, a torre do cruzeiro do transepto. Foi remodelado posteriormente, já com tendências góticas, como se depreende da sistemática utilização dos arcos apontados, bem como do recurso às naves escalonados, permitindo uma iluminação interna uniforme, de características mendicantes. Sofreu um restauro purista no início do séc. 20, com a remoção do património integrado, subsistindo uma pia batismal, de provável feitura seiscentista, o túmulo de Egas Moniz, embora mutilado, e dois retábulos laterais, de talha pintada e de execução neoclássica. As janelas, pequenas frestas nas naves, rosácea e rosetões no transepto são de execução novecentista. O edifício sofre amplas reformas no séc. 17, com a feitura do claustro, com arcadas inferiores toscanas, a construção da sacristia, com oratório em cantaria e lavabo em casa separada, com vestígios de policromia, bem como a reforma do transepto, sendo visíveis lunetas entaipadas que fariam parte de um sistema distinto de iluminação interna. A capela-mor é profunda, dividida em tramos com os panos laterais vazados por arcos lobulados, de construção setecentista, tal como a abóbada, de lunetas, e o retábulo. As fachadas exteriores são percorridas por friso de entrelaçado fitomórfico até à torre do cruzeiro, a partir da qual se desenvolve em enxaquetado. O terreiro possui cruzeiro semelhante aos dos demais Mosteiros da Ordem, de feitura seiscentista.
Número IPA Antigo: PT011311220003
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Mosteiro masculino  Ordem de São Bento - Beneditinos

Descrição

Planta retangular composta por igreja e zona conventual, sendo a igreja de três naves, a central mais elevada, casa uma com três tramos, transepto inscrito, capela-mor comprida, retangular, de quatro tramos, ladeada por dois absidíolos, de volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas e de quatro no cruzeiro do transepto. Fachadas em cantaria de granito aparente, percorridas por alto embasamento, percorridas por frisos, com um motivo entrelaçado até à torre do transepto, a partir da qual se desenvolve em enxaquetado, sendo rematadas em bandas lombardas, sendo em cachorrada no transepto e torre do cruzeiro do transepto; as fachadas laterais possuem contrafortes pouco salientes. A fachada principal virada a O., revela a espacialidade interior, tripartida, com empena central, possuindo dois contrafortes que enquadram portal escavado, composto por cinco arquivoltas em arco apontado, rodeado por friso com motivos geométricos, com capitéis de temas fitomórficos biselados, com tímpano assente em bovídeo e cabeça humana, decorado com um círculo central contendo uma inscrição, ilegível, ladeado inferiormente por dois círculos onde estão esculpidos dois bustos humanos sustentando o sol e a lua. Sobre o portal, corre cornija ornada por cachorros figurando motivos zoomórficos. Sobre o portal, surge ampla rosácea de círculos encadeados, envolvida por três frisos de temas fitomórficos e esferas. Os eixos laterais são em meia-empena, o do lado esquerdo pontuado por mísulas e o oposto com óculo circular no topo. Fachada lateral esquerda rasgada por três frestas de volta perfeita no corpo da nave, o qual possui dois arcosólios de perfis apontados, e porta retilínea, encimada por arco de volta perfeita, cego. O corpo do transepto remata em empena, tendo contraforte no lado esquerdo e vestígios de vão em meia-luneta, encimado por rosácea com molduras de esferas. Fachada lateral direita parcialmente adossada ao corpo do mosteiro, sendo o corpo da nave semelhante à do lado oposto, possuindo portal escavado, de três arquivoltas de perfis apontados, assentes em colunas cilíndricas e com capitéis decorados por motivos fitomórficos. O corpo do transepto remata em empena, tendo contraforte no lado esquerdo e vestígios de frontão triangular, encimado por rosácea com molduras de esferas. Os absidíolos, de perfil curvo, rematam exteriormente por arcadas cegas em banda lombarda, apresentando frestas emolduradas com uma decoração de flores quadrilobadas e esferas. INTERIOR com naves separadas por grossos pilares de secção cruciforme, com sapatas circulares, dos quais arrancam, longitudinalmente, arcos formeiros, em arco apontado, encimados por clerestório, assim como os arcos torais, que nas naves colaterais estão sustentados por meias-colunas adossadas aos muros. Os pilares, compostos por colunas cilíndricas embebidas, com arestas boleadas como colunelos, estão assentes em bases bolbiformes apresentando capitéis decorados com temas fitomórficos. As paredes da nave são em cantaria de granito aparente, percorridas por frisos fitomórficos, tendo tetos de madeira e pavimentos em lajeado de granito. O cruzeiro do transepto tem os arcos laterais encimados por vãos em arcos de volta perfeita com duplas molduras biseladas. Portal axial protegido por guarda-vento de madeira e vidro, encimado por órgão de tubos positivo, com caixa em madeira e nichos frontal e nas ilhargas, com tubos metálicos. No lado do Evangelho, sobre um degrau, pia batismal em cantaria de granito, composta por coluna cilíndrica e taça facetada. No lado oposto, o túmulo de Egas Moniz. Nos braços do transepto, surgem, confrontantes, capelas retabulares laterais dedicadas a Nossa Senhora das Graças (Evangelho) e ao Sagrado Coração de Jesus (Epístola). Arco triunfal de perfil abatido, com duas arquivoltas assentes em colunas embebidas nos muros, estando encimado por óculo decorado por motivos fitomórficos; está ladeado e acede aos absidíolos rematados em semicírculo com abóbada de centro quebrado evoluindo para quarto de esfera no semicírculo final, assentes em arcos torais de dupla arquivolta ornada por esferas, a interior assente em mísulas e a exterior em colunas embebidas nos muros, com capitéis decorados com motivos fitomórficos, todos com vestígios de policromia. Ambos têm altares paralelepipédicos, o do Evangelho com o sacrário, indiciando ser a Capela do Santíssimo, sendo a oposta dedicada a Nossa Senhora de Fátima. Capela-mor bastante profunda, de quatro tramos, com coberturas em abóbada de lunetas e de perfil apontado, com arcos torais que se apoiam em colunas embebidas nas paredes. Cada tramo é vazado por nicho de perfil lobulado e moldura em toro. Sobre supedâneo de cinco degraus, a mesa de altar de madeira, surgindo, na parede testeira, retábulo-mor de talha pintada de branco e dourado, de planta côncava e três eixos definidos por quatro colunas com fustes percorridos por falsa espira fitomórfica, assentes em plintos únicos, de perfis côncavos e ornados por folhagem. Ao centro, tribuna de perfil lobulado e moldura saliente, contendo tela pintada com a imagem do orago. Os eixos laterais possuem nichos de perfis abatidos e decorados por folhagem com os fundos pintados de azul. A estrutura remata em espaldar recortado e decorado por fragmentos de frontão, cornijas, acantos, anjos de vulto e cartela central, ornada por rosetão. Altar paralelepipédico, encimado por sacrário decorado por frisos recortados, volutas, acantos, folhagem e porta com motivos eucarísticos. No lado da Epístola, porta de acesso à sacristia, com as paredes rebocadas e pintadas de branco, com teto de madeira e pavimento em lajeado, contendo dois arcazes de madeira, um oratório *3, formando nicho em cantaria, em arco de volta perfeita, assente e ladeado por pilastras toscanas, de fustes almofadados, as exteriores encimadas por pináculos piramidais embutidos na estrutura; está ladeado por nichos de alfaias, em volta perfeita, e armários embutidos no muro, com portas de madeira; no lado oposto, porta com meias-pilastras toscanas, rematando em friso almofadado e frontão triangular interrompido e com tímpano ornado por florão. No lado esquerdo, a casa do lavabo, de pequenas dimensões, tem acesso por arco de volta perfeita assente em pilastras toscanas, tendo o intradorso pintado; está iluminado por duas janelas laterais e tem lavabo em cantaria de granito com vestígios de policromia azul e amarelo, estando integrado em vão de volta perfeita, tendo espaldar decorado por cartela encimada pelas insígnias abaciais, sobreposta por uma vieira, rodeado por moldura volutada; na base, duas bicas em forma de carranca, rodeadas por folhagem, que vertem para taça retilínea, em forma de consola, ornada por acantos e volutas. A ZONA CONVENTUAL, atual casa paroquial, desenvolve-se em torno de claustro quadrangular, com dois e três pisos, adaptando-se ao declive do terreno, com fachadas rasgadas por vãos retilíneos, dispostos uniformemente, tendo a fachada N., balcão de acesso à porta de acesso, com escadas de cantaria e guarda plena com colunas de arranque volutada; o portal está protegido por alpendre de madeira. O Claustro tem as alas divididas em sete tramos, marcados por arcos de volta perfeita, assentes em pilastras toscanas, com pilares angulares; duas alas ostentam dois pisos, com janelas de sacada com guardas metálicas pintadas de verde. No centro da quadra, com canteiros angulares em cantaria, chafariz sobre plataforma de três degraus e tanque quadrilobado, com duas taças sobrepostas, sustentando a bica, figurando quatro pelicanos interligados pelas asas. As alas têm, no primeiro piso, tetos de madeira e pavimentos em lajeado, a ala S. com sepulturas, algumas epigrafadas e datadas do séc. 18; para cada uma delas, abrem vãos retilíneos ou de volta perfeita. Na ala N., arco de volta perfeita, protegido por grades metálicas, acede à escada regral de três lanços de cantaria e guardas plenas do mesmo material, os superiores divergentes, ligando a duas portas de verga reta e ao corredor do coro. Por cima da sacristia, com acesso pelo andar superior do claustro, através de uma porta de vão retangular, fica a antiga Sala do Capítulo, soalhada e com teto de masseira. No lado NO., a TORRE sineira, quadrangular, rematada em parapeito de ameias decorativas, assentes em cachorrada; tem acesso por porta de volta perfeita escava na face S., com tímpano vazado por cruz e assente em mísulas decoradas; na face O., balcão de guarda plena, sustentado por mísulas lobuladas, para onde abre porta de verga reta. Possui quatro sineiras de volta perfeita.

Acessos

Paço de Sousa, Rua Padre Américo

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 (igreja e túmulo) / Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997 *1 / ZEP, Portaria n.º 397/2014, DR, 2.ª série, n.º 103 de 29 maio 2014

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado num terreno com ligeiro declive, a que se adapta, estando rodeado por terrenos de cultivo, que integravam a primitiva cerca, tendo, no lado esquerdo, o Cemitério e, a E., a Casa do Gaiato. Possui um adro, fechado por murete em cantaria de granito, com acesso frontal formado por pilares e pináculos de bola, com pavimento em lajeado junto à igreja, sendo a envolvente em terra batida, estando pontuado por arcas funerárias e árvores de pequeno porte. Um dos sarcófagos é antropomórfico com os laterais bastante danificados, sem tampa, surgindo um outro, apresentando num dos laterais um motivo decorativo representando três pés de milho miúdo, semelhante ao motivo do brasão de armas da família dos Milhaços. A tampa que o cobre não lhe corresponde e é em tudo idêntica a uma das que se sobrepõe ao túmulo de Egas Moniz, apresentando nos planos oblíquos uma decoração vegetalista geometrizante *2. Fronteiro e num plano mais baixo, ergue-se sobre o ribeiro de Gamuz uma zona arborizada, com algumas árvores centenárias, sendo o ribeiro atravessado por duas pontes, uma de feitura recente e outra em cantaria de granito aparente, do tipo arco e com tabuleiro em cavalete, tendo guardas plenas. Surge, ainda, uma nora, um regueiro, uma zona de piqueniques com mobiliário em madeira e metal, surgindo, ainda, um centro de acolhimento paroquial, também ele de madeira. O terreiro tem, fronteiro, Cruzeiro de soco quadrangular, base também quadrangular decorada com pedra de armas, paquife e elementos vegetalistas, coluna circular interrompida a um terço por anel e tendo, inferior e superiormente, palmetas estilizadas, capitel coríntio encimado por bola e cruz; tem a data "1690".

Descrição Complementar

O Túmulo de Egas Moniz integra as lajes de dois momentos distintos: nos laterais estão iconografadas cenas de Egas Moniz jazendo no leito, a sua deposição no túmulo, um prelado de báculo e livro nas mãos e a lendária deslocação a Toledo. Uma das tampas que o recobre, do primeiro cenotáfio, apresenta uma epígrafe, disposta em duas regras, gravadas em sentidos opostos: "HIC : REQVIESCIT : FL'S : DEI : EGAS : MONIZ : VIR : INCLITVS / ERA : MILLESIMA : (CE)ENTESIMA : LXXXII(II)". A outra tampa, anepígrafa, apresenta nos planos oblíquos uma decoração vegetalista geometrizante. Por detrás do túmulo, na parede O., encontra-se uma tampa sepulcral, de formato trapezoidal e de secção rectangular, com moldura a toda a volta delimitando um campo onde está esculpida a figura de um Abade. Esta tem vestes litúrgicas, báculo na mão esquerda, com o remate em forma de cabeça de serpente e a mão direita levantada em sinal de bênção. No lado do Evangelho, encontra-se um silhar com a figuração de São Pedro. A imagem encontra-se com as vestes litúrgicas, estando esculpida sob um baldaquino, encimado pelas insígnias papais. Junto à porta S., na parede externa, encontra-se uma inscrição funerária, referente ao Abade Monius, falecido em 1202: "ERA : M : CC : X : OBIIT / MONIVS : ABBAS : X : AGTI / MONI : PAT : ET : ABBAS / IN : PACE : REQVIESCAS". Na mesma parede encontra-se uma outra inscrição, mas de feitura moderna. Os retábulos laterais são semelhantes, de talha pintada de branco, azul e dourado, de planta reta e um eixo definido por duas colunas coríntias assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos, os superiores ornados por folhagem. Ao centro, nicho de volta perfeita com molduras simples e seguintes ornados por folhagem, o do Evangelho protegido por vidraça e com fundo fitomórfico, tendo, na base, nicho circular; o do lado oposto tem o fundo pintado com motivos fitomórficos, em tons de vermelho, tendo, na base, amplo nicho retilíneo, protegido por drapeados. A estrutura remata em friso de acantos enrolados e frontão triangular contendo resplendor. Altar em forma de urna com cartela central e decoração de acantos.

Utilização Inicial

Religiosa: mosteiro masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial *4

Propriedade

Pública: estatal (igreja) / Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto) (casa paroquial)

Afectação

DRCNorte, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 (igreja)

Época Construção

Séc. 13 / 14 / 17 / 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETOS: Baltazar de Castro (1933); Rogério de Azevedo (1963). ELETRICISTAS: Francisco Luís Pais & Fernando, Lda. (1976); João Jacinto Tomé (1961-1963); José Maria dos Santos & Santos (1938). EMPREITEIRO: Afonso Ferreira de Oliveira (1976); Alcino da Cunha Nogueira (1930); Ferreira dos Santos & Rodrigues, Lda. (197, 1980); Francisco Pinto Loureiro (1932, 1934, 1936, 1938-1939, 1960, 1967, 1969, 1971); Joaquim D.S. Costa & C.ª Lda (1987). ENTALHADOR: Manuel Alves de Araújo (1784). FORNECEDORES: Fábrica de Cerâmica da Pampilhosa (1938). OURIVES: Manuel do Couto e Sousa (1706).

Cronologia

956 - fundação da igreja por D. Trutesendo Galindes, filho de Galindus Gonzalvis, tal como constava da inscrição pintada no tímpano, removida aquando dos restauros da DGEMN; 994 - documento mencionando a fundação e o respetivo fundador do mosteiro; 1088 - construção da nova igreja e provável fixação de beneditinos no local; 1114, 24 abril - Egas Moniz e Doroteia Pais doam ao Mosteiro de Paço de Sousa os casais que possuem em Nogueira e a parte que têm do padroado da respetiva igreja; dão, ainda, dois cálices e uma cruz; 1146 - data da morte de Egas Moniz; séc. 13-14 - reconstrução e ampliação da igreja *5; 1535 - é nomeado abade D. Henrique, filho de D. Manuel I; 1575 - 1580 - resignação de D. Henrique e doação do mosteiro à Companhia de Jesus; 1578 - o Papa Gregório XIII dá aos Jesuítas a renda da mesa abacial, dando aos Beneditinos a posse do Mosteiro e a renda da mesa conventual; 1605 - demolição da Capela do Corporal, adossada à parede N., sendo removidos 14 túmulos, por Frei Martinho Golias; séc. 17 - construção do claustro, da Casa do Capítulo no segundo piso do mesmo, um dormitório virado de N. para S., com as janelas viradas para a cerca, e a fonte; entaipamento do portal S., para construção do muro de suporte do claustro; 1605 - construção da sacristia; 1641, 17 novembro - primeiro registo de óbito na paróquia; 1642, 09 novembro - primeiro registo de batismo na paróquia; 1643, 17 maio - primeiro registo de casamento na paróquia; 1690 - data do cruzeiro do terreiro; séc. 18 - ampliação do edifício conventual; pertencia ao padroado da Companhia de Jesus, do Colégio de Évora, rendendo 5 mil cruzados; 1706, 28 julho - contrato com o ourives Manuel do Couto e Sousa para a execução de uma cruz de prata, igual à do Mosteiro dos Religiosos de São João; 1740-1741 - remodelação da capela-mor, com rebaixamento do pavimento e deslocação do túmulo de Egas Moniz; construção de uma fonte no terreiro fronteiro à igreja, reaproveitando pedras da arca tumular de Egas Moniz; 1758, 25 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Frei José de Cristo, é referido que a paróquia é dedicada ao Salvador do Mundo, com festa a 6 de agosto, com dia santo e sermão; a igreja tem o altar-mor, com tribuna, a imagem do orago, a de São Bento e Santa Escolástica, surgindo um Apostolado completo pela tribuna e, na base, um sacrário; no lado direito da capela-mor, o altar de Santa Ana, ladeada por Nossa Senhora da Conceição e São João Batista, estando no oposto o de Nossa Senhora do Pé da Cruz, tendo uma vidraça com o Senhor morto; no lado direito, no cruzeiro, o altar de Nossa Senhora do Rosário, ladeada por São Sebastião e Santo Amaro, surgindo, no mesmo lado e no corpo da igreja, o de Nossa Senhora das Almas, com as imagens de Santo Tirso, protetor da Confraria das Almas, e Santa Luzia; no lado oposto, o altar de Nossa Senhora do Pilar; a igreja é antiga, de três naves, com um grande óculo no coro; tem as irmandades do Santíssimo, a de Santo Cruz e a do Santo Nome; o pároco é vigário regular, monge do Mosteiro, apresentado pelos religiosos do Mosteiro de Paço de Sousa e com coadjutor, tendo ambos de rendimento de 48 a 50$000; tem o Mosteiro três Capelas, a de Santo Amaro, Santa Luzia e São Lourenço, todas elas com romaria; 1767 - construção da livraria; 1780-1784 - reconstrução da capela-mor por ordem de Frei José de Santa Ana; construção do muro da cerca; 1784 - feitura da tribuna da capela-mor por Manuel Alves de Araújo; 1783 - 1786 - douramento do retábulo-mor e respectiva banqueta; 1789 - 1792 - douramento da tribuna do retábulo-mor; 1792 - forro do teto da igreja, com abóbada estucada e pintada; provável construção da torre sineira; 1834 - extinção das Ordens Religiosas e venda do mosteiro em hasta pública, sendo a igreja entregue à paróquia; 1876 - instalação da Casa Pia de Paço de Sousa no antigo mosteiro; 1927 - violento incêndio danifica sobretudo o mosteiro; 1927 - 1929 - restauro purista do imóvel com demolição da torre existente entre a sineira e o claustro, construção de uma nova torre, demolição de parte do antigo convento para desafrontar o templo, apeamento dos elementos barrocos da fachada principal, rebaixamento e lajeamento do adro, demolição da parede da fachada S. e restauro da porta travessa, consolidação das alas do claustro, lajeamento da sacristia e reparação do respetico património integrado; deslocação do cruzeiro do terreiro; 1929 - colocação do túmulo de Egas Moniz no absidíolo do Evangelho com a presença do Governador Civil e do próprio Ministro da Instrução; 1933 - obras de reforma da fachada principal, com a remoção dos elementos barrocos, o que provocou motim popular e o protesto do presidente da Câmara de Penafiel; as obras são dirigidas pelo arquiteto Baltazar de Castro; 1940, 23 novembro - pedido da Junta Nacional de Educação para que se reúnam várias cantarias lavradas junto ao local e, segundo a tradição, provenientes da casa de Egas Moniz, no Mosteiro; 1943, março - doação do Mosteiro e terrenos do mesmo à Casa do Gaiato; 13 julho - demolição completa da ala S. do antigo mosteiro para reaproveitamento das pedras na construção da Casa do Gaiato; 1941 - incêndio no antigo mosteiro, que afetou, sobretudo, a ala SO.; 1942 - o Padre Américo solicita ao governo a cedência do mosteiro para a construção de uma casa de acolhimento de crianças; 1943 - construção da Aldeia do Gaiato na antiga cerca; 1944 - é transferido para a igreja um altar proveniente da Igreja de Arnoso, para substituir o altar-mor, considerado impróprio para o local; 1948 - o padre Américo pede material do Mosteiro para a construção de casas para os mestres e para os alunos que atingiam a maioridade e se quisessem fixar no local; 21 junho - parecer desfavorável à demolição; 31 agosto - é proibida a demolição das alas conventuais que restam, pertencentes, nesta data, à Casa Pia de Paço de Sousa; 1950 - demolição de construção adossadas à capela-mor para desobstruir a visibilidade da mesma; 25 setembro - carta da CMPenafiel a informar que o Padre Américo mandou remover do Mosteiro os tetos e pinturas da Capela dos Abades, o altar de Santa Escolástica, os tetos do refeitório, as armas da Ordem, um São João de pedra do antigo chafariz e os azulejos do claustro, removidos para o Mosteiro de Singeverga; 1962 - projeto de restauro da zona do mosteiro, da autoria do arquiteto Rogério de Azevedo; 1963 - construção de mesas e bancos em pedra no largo fronteiro; 06 março - o projeto de Rogério de Azevedo é aprovado pelo Ministro das Obras Públicas; 1965 - o Ministro pede que seja feito um projeto de construção de instalações sanitárias fronteiras à igreja; 20 fevereiro - pedido do pároco para se transferir o túmulo de Egas Moniz do absidíolo; 22 fevereiro - pedido para a colocação de umas Alminhas em azulejo na torre sineira; 25 março - o pároco solicita a remoção de dois altares; 03 abril - o pedido é autorizado e executado; 26 abril - parecer favorável à remoção dos retábulos; 1970 - início da remodelação da área monacal; 1971 - a DGEMN propõe-se fazer a remoção dos retábulos laterais, a pedido do pároco; 1972 - um temporal danifica as coberturas da igreja; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 2007, 30 janeiro - proposta de fixação de Zona Especial de Proteção; 11 julho - parecer favorável do Conselho Consultivo do IGESPAR à proposta de Zona Especial de Proteção; 2008, 28 janeiro - Despacho de homologação da Ministra da Cultura à proposta de fixação da Zona Especial de Proteção; 2012, 30 outubro - 2012, 19 setembro - publicação do projeto de decisão relativo à fixação da Zona Especial de Proteção em Anúncio n.º 13638/2012, DR, 2.ª série, n.º 210; 2014, 16 dezembro - publicação do Aviso de prorrogação de prazo n.º 1196/2014 relativo ao contrato de conservação e salvaguarda da Igreja, em DR, 2.ª série, n.º 242, sendo a apresentação das propostas prorrogado para 8 de janeiro de 2015 e a abertura das mesmas para 9 de janeiro; 2019, 07 abril - Rota do Românico dá início a um conjunto de atividades comemorativas da conclusão das obras no mosteiro.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes na nave e estrutura mista na cabeceira.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; coberturas em madeira, revestidas exteriormente a telha; cobertura dos absidíolos em cantaria de granito; pavimento em lajes graníticas; portas de madeira e janelas com caixilharias também de madeira; cenotáfio de granito; madeira no teto da sacristia e da Sala do Capítulo; gradeamentos em ferro; placas de cimento; retábulos em talha pintada; pinturas murais.

Bibliografia

A Igreja de Paço de Sousa, Ilustração Moderna, Porto, 1927, p. 281 - 287; AGUIAR, J. Monteiro de, Penafiel Antiga. Subsídios para a futura Monografia do Concelho, Boletim da Câmara Municipal de Penafiel, Penafiel, 1936, pp. 49 - 132; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Introdução à arquitectura românica in História da Arte em Portugal, vol. 3, Lisboa, 1986, pp. 9 - 49; ALMEIDA, José António Ferreira de (org.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, p. 427 - 428; ALMEIDA, Carlos Alberto F. de, A Arquitectura Românica de Entre-Douro-e-Minho, dissert. de doutoramento, policopiado, vol. II, Porto, 1978, p. 163 - 167 e 243 - 246; BARROCA, Mário Jorge, Necrópoles e Sepulturas Medievais de Entre-Douro-e-Minho (séculos V a XV), Porto, 1987; DIONíSIO, Santana (dir.), Guia de Portugal, 4, Lisboa, s/d, p. 520 - 523; FERREIRA-ALVES, Joaquim Jaime B., A ourivesaria portuense nos séculos XVII e XVIII, análise de alguns contratos, in Actas do I Congresso Internacional do Barroco, vol. I, Porto, 1991, pp. 335-354; FERREIRA-ALVES, Natália Marinho, Dicionário de Artistas e Artífices do Norte de Portugal, Porto, Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, 2008; FONSECA JÚNIOR, A. Nascimento da, O túmulo de Egas Moniz, sep. de Boletim da Associação Amigos do Porto, 4, Porto, 1966; GRAF, Gerhard N., Portugal / 1, Madrid, 1987, p. 297 - 337; Igreja de Paço de Sousa, Boletim nº 17, Lisboa, DGEMN, 1939; LACERDA, Aarão de, História de Arte em Portugal, Vol. 1, Porto, 1942, p. 242 - 245; MATTOS, Armando de, Inventário das inscrições do Douro-Litoral, Douro-Litoral, 2ª Série, 5, Porto, 1946, p. 26; MATTOSO, José, Le monachisme ibérique et Cluny. Les monastères du diocese du Porto de l'an mille à 1200, Louvain, 1968, pp. 16 - 24 e 321 - 326; MENEZES, Mário de, Algumas anotações ao quarto volume do Guia de Portugal, Régua, 1967, pp. 58 - 63; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; MONTEIRO, Manuel, Paço de Sousa, O românico nacionalizado, Belas Artes. Revista e Boletim da Associação Nacional de Belas Artes, 8, Lisboa, 1943, pp. 5 - 21; REAL, Manuel Luís, A organização do espaço arquitectónico entre beneditinos e agostinhos no séc. XIII, Porto, 1982; REAL, Manuel Luís, Le tombeau d'Egas Moniz, Le Portugal Roman, vol. I, Yonne, 1986, p. 287 - 289; SANTOS, Reinaldo dos, O Românico em Portugal, Lisboa, 1955, pp. 81 - 86.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DREMN, DGEMN:DSID, SIPA, Arquivo de Ilídio Alves de Araújo; Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN/DSID-001/013-1848, DGEMN/DSID-001/013-1849, DGEMN/DSID-001/013-1850, DGEMN/DSARH-010/191-008, DGEMN/DSARH-010/191-0011, DGEMN/DSARH-010/191-0012, DGEMN/DSARH-010/191-0013, DGEMN/DSMN/SE-0022/01; ADPorto: Pároquia de Paço de Sousa

Intervenção Realizada

DGBELAS-ARTES: 1920 - revisão de caixilharias e colocação de vidros; limpeza das cantarias; 1923 - obras de reparação dos telhados e do soalho; 1928 - reconstrução de paramentos mutilados, de cornijas, arquivoltas e modilhões; remodelação dos altares atingidos pelo incêndio; construção e assentamento de portas de castanho e respetivas ferragens; limpeza das cantarias e colocação de argamassa hidráulica nas juntas; DGEMN: 1930 - reconstrução da armação do telhado em madeira de castanho e colocação de telha nacional; reconstrução do tímpano do portal voltado ao cemitério; reconstrução de duas janelas românicas; obras feitas por Alcino da Cunha Nogueira; 1932 - reconstrução de arcosólio exterior e construção da rosácea da fachada principal por Francisco Pinto Loureiro; 1934 - apeamento e mudança do cruzeiro do local; reparação dos muros da igreja e reparação dos telhados; assentamento de vitrais; obras de Francisco Pinto Loureiro; 1936 - feitura de novo lajeado das naves da igreja e apeamento e colocação de novo dos dois altares da nave por Francisco Pinto Loureiro; 1938 - feitura de nova cobertura em telha nas naves, fornecida pela Fábrica de Cerâmica da Pampilhosa, sendo feito novo ripado, obra de Francisco Pinto Loureiro; feitura da instalação elétrica por José Maria dos Santos & Santos; apeamento e reconstrução do altar da sacristia por Francisco Pinto Loureiro; 1939 - levantamento da cobertura da capela-mor e reforma da estrutura em madeira de castanho e colocação de telha; colocação de lajeado na sacristia; colocação de vitrais nas janelas e instalação elétrica; obras efetuadas por Francisco Pinto Loureiro; 1949 - consolidação de um nicho e remodelação das coberturas; 1953 - reparação dos telhados; 1954 - consolidação de uma parede de cantaria onde está incluído o altar do Sagrado Coração de Jesus; 1960 - reconstrução dos telhados em mau estado por Francisco Pinto Loureiro; 1961 - revisão da instalação elétrica, obra levada a cabo por João Jacinto Tomé; 1963 - feitura da instalação sonora na igreja por João Jacinto Tomé; 1963 - colocação de quatro meias lanternas com espaldar em latão oxidado e vidros por João Jacinto Tomé; CMPenafiel: 1964 - colocação de um tapume na ala aberta do claustro, para evitar o vandalismo naquele espaço; DGEMN: 1967 - substituição das telhas partidas e revisão das beiradas danificadas; pintura das portas de madeira e dos ferros das janelas; verificação dos vitrais da sacristia virados ao claustro; obra levada a cabo por Francisco Pinto Loureiro; 1969 - reconstrução do telhado da sacristia por Francisco Pinto Loureiro; PARÓQUIA: 1970 - restauro do mosteiro; DGEMN: 1971 - reparação geral e ligeira das coberturas dos telhados da igreja, e reconstrução dos rufos e vedações de zinco, por Francisco Pinto Loureiro; 1972 - revisão dos telhados danificados pelo temporal, obra de Ferreira dos Santos & Rodrigues, Lda.; 1973 - remoção dos retábulos laterais e preenchimento dos vãos em que se integravam, a cantaria; 1976 - beneficiação geral dos telhados, por Afonso Ferreira de Oliveira; 1980 - reparação da instalação elétrica por Francisco Luís Pais & Fernando, Lda.; reparação das coberturas por Ferreira dos Santos & Rodrigues, Lda.; 1982 - reparação das coberturas por Ferreira dos Santos & Rodrigues, Lda.; 1987 - remodelação das coberturas da nave com a colocação de novo forro e assentamento de telha cerâmica; drenagem e impermeabilização do pavimento da sacristia e reassentamento do lajeado; pintura da porta principal e da sacristia; limpeza da cobertura da capela-mor; obras realizadas por Joaquim D.S. Costa & C.ª Lda; 1990 - revisão da instalação elétrica, das coberturas e drenagens interiores; Direção Regional de Cultura do Norte / Câmara Municipal de Penafiel: 2017 / 2018 / 2019 - obras de conservação e salvaguarda do mosteiro, com recuperação das coberturas, drenagem e desaterro da envolvente, limpeza e tratamento das paredes, conservação de tetos, da instalação elétrica e requalificação do claustro; obras de conservação e restauro da sacristia, nomeadamente do mobiliário, retábulo, caixotões e pintura mural do lavabo; as obras implicaram investimento de 482 mil euros, cofinanciado em 85% pelo Programa Operacional Regional do Norte 2014/2020 (Norte 2020), através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e em 15% pelo Município de Penafiel, no âmbito da operação "Rota do Românico: Património, Cultura e Turismo", apresentada pela Associação de Municípios do Vale do Sousa; Câmara Municipal de Penafiel: numa segunda fase de trabalhos, no valor de 59 mil euros, são concluídas as escavações arqueológicas e a intervenção antropológica, bem como a avaliação estrutural da igreja e a fiscalização da empreitada.

Observações

*1 - o Decreto de 1997 alterou a designação do imóvel para Igreja, sacristia, claustro e respetiva fonte e cruzeiro de Paço de Sousa, no Largo do Mosteiro. *2 - um sarcófago daqui proveniente foi transferido para o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto. *3 - o oratório tinha, em 1994, retábulo de talha dourada representando a visão de Santa Lutgarda, estando ladeado por duas portas entaipadas; o teto da sacristia era em caixotões de madeira pintados. *4 - a Rota do Românico do Vale do Sousa inclui 19 imóveis: Igreja de São Miguel de Entre-os-Rios (v. PT011311100010), Igreja de Gândara (v. PT011311040009), Igreja de São Gens de Boelhe (v. PT011311020008), Igreja de Abragão (v. PT011311010015), Memorial da Ermida (v. PT011311150005), Capela da Senhora do Vale (v. PT011310080004), Igreja de São Pedro de Ferreira (v. PT011309050001), Ponte de Espindo (v. PT011305130009), Ponte de Vilela (v. PT011305020008), Igreja de Aveleda (v. PT011305020004), Torre de Vilar (v. PT011305260005), Igreja de Santa Maria de Airães (v. PT011303020007), Igreja Matriz de Unhão (v. PT011303280004), Igreja de São Vicente de Sousa (v. PT011303260008), Igreja Velha de São Mamede de Vila Verde (v. PT011303330020), Igreja de Cete (v. PT011310080001), Igreja Matriz de Meinedo (v. PT011305130002) e Mosteiro de Pombeiro (v. PT011303150001). *5 - a atual igreja sucedeu a uma outra, da qual se conservam algumas parcelas, integradas na construção; segundo Carlos A. F. de Almeida, a igreja românica começou a fazer-se pela fachada e tramo ocidental, que é mais largo e de arcada mais elevada que os outros; o programa ter-se-á reduzido depois e, até para aproveitar parte do anterior edifício que está na área do transepto, apertou-se e quebrou-se mais a arcada formeira junto do transepto. Segundo o mesmo autor, esta é a progressão mais plausível das obras, até porque a torre do transepto e o arranque coevo da cabeceira, que se conserva, são posteriores e têm já nítidos sintomas góticos.

Autor e Data

Isabel Sereno e Paulo Amaral 1994 / Paula Figueiredo 2012 (no âmbito da parceria IHRU / Diocese do Porto)

Actualização

Paula Noé 1997
 
 
 
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