Grupo Escolar do Poço do Bispo / Escola Básica do 1.º Ciclo Professor Agostinho da Silva e Salão de Festas do Vale Fundão
| IPA.00035621 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Marvila |
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Escola primária, projetada e construída no final entre 1958 - 1961, por Luís Américo Xavier, ao abrigo da terceira fase do plano dos Centenários em Lisboa. O Plano dos Centenários foi um programa de construção em larga escala levado a cabo pelo Estado Novo a partir de 1941, em sucessivas fases, com o objetivo de constituir uma rede escolar de abrangência nacional. A partir da segunda fase do plano dos Centenários em Lisboa processa-se uma decisiva viragem para uma arquitetura moderna. Sem resquícios de monumentalidade ou regionalismo, as novas propostas arquitetónicas, encomendadas diretamente pela autarquia a arquitetos independentes, revelam uma visão humanizada e funcional do edifício, adequando-o ao universo infantil e aos critérios modernos de orientação solar. O projeto é considerado de uma forma global, abrangendo todos os detalhes do interior e do exterior da escola, num renovado interesse pela arte concebida como parte integrante do processo arquitetónico, utilizando um reportório atualizado e adaptado ao imaginário infantil. Interiormente, o seu programa funcional segue as orientações iniciais do plano dos Centenários. A unidade de construção continua a ser a sala de aula, com 3,5 metros de pé-direito, servidas por grandes janelas, e com uma capacidade máxima de 40 crianças. No entanto, a partir da terceira fase do plano, e sempre que o espaço disponível o permita, o tamanho das salas de aula é ampliado, passando a ter 7 x 9 metros ou 8 x 8,5 (ao invés dos 8 x 6 metros anteriores), como forma de se poder substituir as tradicionais carteiras por secretárias individualizadas, consideradas mais pedagógicas. Desenvolvem-se em número par, constituindo dois blocos idênticos, um destinado a alunas e outro a alunos. A separação é conseguida, neste caso, pela disposição paralela dos dois edifícios no terreno, o corpo das cantinas/refeitórios surge perpendicularmente aos anteriores, no contíguo à secção masculina, ajudando a delimitar o espaço reservado ao recreio feminino (mais reservado). Nos corpos letivos, para além das duas alas de salas de aula, encontram-se os espaços de utilização comum, instalações para o corpo docente, secretaria, instalações sanitárias e, a partir desta terceira fase, gabinete médico. Adossado ao corpo da cantina / refeitórios, ligando-o ao corpo letivo da secção feminina encontra-se um alpendre coberto, ao contrário dos restantes edifícios analisados, neste grupo escolar não existe recreio coberto na secção masculina. Paralelo aos dois corpos letivos e com entrada igualmente orientada a sul, no caso independente do restante grupo escolar está o edifício de interesse local, espaço reservado a atividades desportivas, a biblioteca e a salão de festas, uma novidade introduzida nesta fase do plano e que se propunha servir não só a população escolar como ser aberto à comunidade. | |
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Registo visualizado 1500 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Educativo Escola Escola primária Tipo plano dos Centenários
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Descrição
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Planta poligonal composta, conseguida pela articulação de três edifícios retangulares, alongados, dispostos paralelamente no terreno, dois idênticos, constituídos por dois módulos de um e dois pisos, e um terceiro, distinto, de um só piso. Os dois primeiros edifícios ligam-se entre si a partir de uma estrutura retangular de um só piso e de um quarto corpo, também de piso único. As suas coberturas são telhadas, em placas de fibrocimento, de uma só água. As fachadas são rebocadas e pintadas de beije, branco e azul, nalguns casos revestida a pedra, amplamente rasgadas de por janelas retilíneas com moldura de alvenaria simples e caixilharia de metal pintado de branco, protegidas por pala superior em betão. Acede-se ao imóvel a partir da Rua Lino Ferreira, a oeste, para onde se encontram orientados os portões de acesso ao recinto, as fachadas principais dos três corpos, orientam-se a sul, sendo, as dos dois corpos letivos, formadas por três panos, um primeiro, que antecede a entrada, de um piso, revestido a pedra é rasgado por duas janelas retangulares com moldura de alvenaria simples, o segundo, de dois pisos, é rasgado, ao nível do piso térreo, pela porta de verga reta, de entrada no imóvel, antecedida por um alpendre, formado por uma pala de betão assente em dois pilotis, ao nível do segundo piso todo o pano é rasgado por uma grelha de iluminação em betão. Por último, o terceiro pano, também de dois pisos, apresenta um retângulo saliente formado por lâminas de betão de grande efeito plástico. Este pano é rasgado, em cada piso, por quatro grupos de oito janelas de guilhotina separadas entre si por cunhal de alvenaria simples, sobrepojadas por outras tantas pequenas janelas retângulares junto ao teto de cada piso, protegidas por pala de betão, sob o peitoril a parede surge pintada de azul. A fachada esquerda destes corpos, de um e dois pisos, resulta da articulação de dois volumes, um primeiro, de um só piso, mais saliente, com pano de fachada revestido a pedra, onde se encontram, do lado direito, afixados um baixo-relevo com o brasão municipal e o lettring "ESCOLA PRIMÁRIA DO SEXO FEMININO", no edifício mais a norte, e "ESCOLA PRIMÁRIA DO SEXO MASCULINO", no mais a sul. O segundo piso, mais recuado, apresenta uma parede cega. A fachada posterior destes corpos, a norte, de dois e um pisos, apresenta quatro panos de fachada, um primeiro, de dois pisos com parede cega, o segundo, também de dois pisos, é rasgado, junto ao teto de cada piso, por quatro grupos de oito janelas de guilhotina separados por cunhal de alvenaria, deixando antever tratar-se de espaços de circulação (corredores), no final este pano faz ângulo com o seguinte, também de dois pisos, rasgado por um amplo janelão que ocupa o duplo pé-direito, que deixa antever tratar-se de uma caixa de escadas. Por último, o quarto pano, de um só piso, é rasgado centralmente, por três janelas retilíneas com parapeito comum de alvenaria simples e separadas entre si por colunelos de alvenaria. A fachada direita, de um e dois pisos resulta, uma vez mais da articulação de dois volumes, um primeiro piso mais saliente e sum segundo mais recuado, ambos rasgados por quatro pequenas janelas retangulares colocadas junto ao teto de cada piso. A este, perpendicularmente a estes corpos, ligando-os, no sentido norte-sul, encontra-se uma estrutura alpendrada sobre pilotis com muro/parede fundeira que serve o recreio coberto da secção feminina, e que se liga ao corpo da cantina/refeitórios. Este, pequeno corpo retangular de um só piso, articula-se com a fachada lateral direita do corpo da secção masculina. A sua fachada principal, virada a oeste, apresenta dois grupos de seis janelas separadas entre si por colunelo de alvenaria simples, com parapeito conjunto e sobrepujadas por outras tantas pequenas janelas retangulares junto ao teto. A fachada lateral esquerda (norte) encontra-se sob a estrutura alpendrada e é rasgada por um duplo portal de acesso. A fachada posterior, este, é rasgada por pequenas janelas retangulares junto ao teto. O terceiro corpo, paralelo aos letivos, apresenta uma certa independência face aos demais. A sua fachada principal encontra-se orientada, a sul, para a Azinhaga do Vale Fundão, tendo nesta direção um acesso independente. Resulta da articulação de três módulos de um piso, o que é visível na observação dos seus panos de fachada, em número de três, o primeiro respeita à entrada no imóvel, sendo apenas rasgado do seu lado direito, onde se encontra a dupla porta envidraçada, de verga reta, que serve a entrada, antecedida por alpendre formado por pala de betão sobre pilotis, após o que faz ângulo com o seguinte, que apresenta quatro grupos de três janelas retilíneas separadas entre si por cunhais de alvenaria e sobrepujadas a estas outras tantas pequenas janelas retangulares junto ao teto, o terceiro pano resulta outra vez da articulação de dois corpos, é novamente, mais recuado, apresenta uma parede cega decorada com um baixo-relevo da autoria de Raul Xavier (1894 - 1964), representando três crianças (dois meninos e uma menina) a lançar um papagaio de papel. A fachada esquerda deste edifício é composta pela articulação de dois módulos, um mais pequeno de construção recente, rasgado por duas pequenas janelas quadrangulares servidas de persianas com caixa exterior, no final este pano faz ângulo com o da fachada primitiva, rasgado por seis janelas de guilhotina, retilíneas com moldura de alvenaria simples. A fachada posterior, virada a norte, resultante, originalmente, da articulação de três corpos, correspondentes aos três panos, um primeiro, mais estreito, com uma parede cega, o segundo apresenta uma porta de verga reta antecedida de alpendre assente em pilotis, seguida por três grupos de três janelas retilíneas com moldura de alvenaria simples e separadas entre si por cunhais de alvenaria, sobre estas encontram-se pequenas janelas retilíneas colocadas junto ao teto. INTERIOR: a escola encontra-se estruturada em dois corpos perfeitamente autónomos, duas secções idênticas, a feminina e a masculina. O acesso ao interior é feito a sul, através das entradas no início do segundo módulo, por onde se acede, em cada secção, a um amplo átrio, de onde partem os espaços de circulação, corredor do rés-do-chão, escadaria e corredor do primeiro andar (ambos os corredores com iluminação unilateral feita a partir da fachada norte), que dão acesso a oito salas de aula semelhantes entre si (com 7 x 9 metros e 3,50 metros de pé-direito). O corpo principal comporta ainda a existência de gabinete para docentes, e instalações sanitárias. Com entrada independente a partir do recreio da secção feminina e na continuação da masculina, encontra-se o corpo das cantinas (geminadas) e a pequena copa/cozinha. Todo o recinto é vedado por cerca de arame. Paralelo aos dois corpo letivos, com entrada independente, embora anexo a estes, surge o corpo dos "serviços de interesse local", compreendendo biblioteca e ginásio / salão de festas aberto à comunidade. |
Acessos
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Rua Lino Ferreira. WGS84 (graus decimais) lat.:, long.: - |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano. Ocupa um lote regular no sopé da Azinhaga do Vale Fundão, a poente da Avenida Infante D. Henrique. Confronta com a malha urbana que lhe é posterior, tendo, a sul, a Azinhaga do Vale Fundão e, nas imediações, o Parque Urbano do mesmo nome, a poente, após a Rua Lino Ferreira, para onde se orientam as suas entradas, numa cota superior, um bairro de moradias geminadas, unifamiliares, a norte, a vereda de acesso à Avenida Marechal António Spínola, e, a nascente, a vereda de acesso à Avenida Infante D. Henrique. |
Descrição Complementar
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A assinalar a entrada em cada uma das secções do Grupo Escolar encontra-se uma escultura de vulto, na secção feminina, uma menina com um pássaro na mão, na secção masculina, um menino com um gato ao colo, trata-se de duas esculturas bastante estilizadas da autoria do escultor Raul Xavier (1894 - 1964), feitas de encomenda para a escola. Também da autoria deste é o baixo-relevo mostrando dois meninos e uma menina a lançar um papagaio, que figura na parede do corpo de interesse local. |
Utilização Inicial
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Educativa: escola primária |
Utilização Actual
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Educativa: escola básica / Cultural e recreativa: edifício multiusos |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Ministério da Educação / Câmara Municipal de Lisboa |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Luís Américo Xavier (1956 - 1959). ESCULTOR: Raul Xavier (1959 - 1960) |
Cronologia
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1940, 17 dezembro - é promulgada a Lei n.º 1985, lei do Orçamento Geral do Estado para 1941, que, no seu artigo 7.º, prevê a execução de um plano geral da rede escolar, que denomina como sendo dos "Centenários" (muito embora as comemorações oficiais do Duplo Centenário da Fundação e da Restauração de Portugal, tivessem encerrado oficialmente a 3 de dezembro desse mesmo ano); 1941, 29 julho - é publicado um Despacho do presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar (1889 - 1970), datado de 15 desse mês, no qual são indicados os principais critérios de definição do plano (a necessária separação de sexos, a fixação do número de crianças por sala, do número máximo de salas por edifício, da área de influência pedagógica e da distância máxima a percorrer por uma criança para frequentar a escola) e se aconselha o retomar dos projetos-tipo regionais criados entre 1935 - 1938, agora revistos à luz dos critérios atrás enunciados; o mesmo documento indica a comissão a trabalhar no desenvolvimento da rede escolar e a forma de financiamento do programa, que deveria assentar numa repartição equitativa de esforços entre o poder local e central; 1941, 05 setembro - é nomeada, por Portaria do Ministério da Educação Nacional, a comissão a trabalhar no desenvolvimento da rede escolar, composta pelo diretor-geral do Ensino Primário, Manuel Cristiano de Sousa, que a preside, e, como vogais, o diretor-geral da Assistência, Vítor Manuel Paixão, e o engenheiro chefe da Repartição de Obras Públicas da DGEMN, Fernando Galvão Jácome de Castro; 1943, 05 abril - é publicado o mapa definitivo indicando o número de salas de aula a construir por distrito, concelho e freguesia (DG, 2.ª série); 1944 - inicia-se, assim, a Fase I do Plano dos Centenários, contemplando apenas os concelhos cujas câmaras tenham respondido ao inquérito (cerca de um terço); ao abrigo desta primeira, a autarquia lisboeta constrói cinco grupos escolares, quatro com dezasseis salas de aula - Alto de Santo Amaro (v. IPA.00035363), Actor Vale (v. IPA.00035382), Célula 1 do Bairro de Alvalade (v. IPA.00035378) e Célula 2 do mesmo bairro (v. IPA.00035255) - e um com doze - Praça do Ultramar (v. IPA.00035583) -, num total de 76 salas de aula, com capacidade de receber 3.040 alunos; 1948 - tem lugar, em Lisboa, o I Congresso Nacional de Arquitetura, organizado pelo Sindicato Nacional dos Arquitetos e, muito embora tenha o patrocínio estatal, as comunicações apresentadas ao encontro mostram uma clara demarcação da arquitetura do regime e uma reivindicação das ideias da Carta de Atenas, nomeadamente na criação de uma arquitetura mais depurada e funcional; 1952, 27 outubro - é publicado o Decreto-Lei n.º 38.968, do Ministério da Educação Nacional (DG, Suplemento), que estabelece o Plano da Educação Nacional que, entre outras medidas estabelece o princípio da obrigatoriedade do ensino primário elementar e reorganiza a assistência escolar; de acordo com os mapas apresentados pelo diploma legal até 31 de julho haviam já sido construídos 1.390 edifícios escolares, o que equivaleria a 2.883 salas de aula, encontrando-se em construção mais 292 edifícios, 520 salas de aula, tendo sido até então gastos c. 300.000.000$00; 1953, 08 julho -concluída a construção da primeira fase do Plano dos Centenários, o engenheiro adjunto do diretor de Serviços de Urbanização e Obras da CML, Alexandre de Vasconcelos e Sá, dá conhecimento ao engenheiro delegado para as Obras de Construção de Escolas Primárias (Plano dos Centenários) da intenção da autarquia em prosseguir com as obras de construção, remodelação e ampliação de edifícios destinados ao ensino primário na cidade de Lisboa, anexando ao ofício elementos relativos à edificação de onze novos grupos escolares -Células 7 (v. IPA.00035377), 4 (v. IPA.00035581) e 6 (v. IPA.00035375) de Alvalade, Cruz da Pedra (v. IPA.000355851), Areeiro (v. IPA.00035584), Picheleira (v. IPA.00035602), Vale Escuro (v. IPA.00035388), Bairro Santos (v. IPA.00035601), Campolide (v. IPA.00035600) e Alto dos Moinhos (v. IPA.00035603) -, num total de 176 novas salas de aula, e à amplificação de mais três grupos escolares - Arco do Cego (v. IPA.00025592), Calçada da Tapada (v. IPA.00035275) e Bela Vista à Lapa (v. IPA.00035620) -, como forma de ganhar mais 26 salas de aula; 1953, 20 - 28 setembro - ocorre, em Lisboa, o III Congresso da UIA - União Internacional dos Arquitetos, constituindo uma verdadeira lufada de cosmopolitismo no panorama português, traz a debate o que de novo se faz na Europa e na América, e permite aos novos arquitetos portugueses manifestarem o seu repúdio por uma arquitetura monumental e historicista, e uma nova filiação numa arquitetura mais racional e funcional, produzida à escala humana; a realização do congresso é acompanhada por diversas exposições, de que se destacam a sua mostra itinerante e a da nova arquitetura brasileira; Januário Godinho (1910 - 1990) apresenta uma comunicação ao congresso sobre as "Construções Escolares"; 1953 - inicia-se a segunda fase das obras do Plano dos Centenários, para a qual o MOP concede um subsídio de 85.000$00 por sala de aula (a ser reembolsado em 50% em vinte anuidades pelas autarquias) com a contrapartida de as obras se iniciarem dentro de um ano; 1954, 21 dezembro - é publicado o Decreto-Lei n.º 39.982 que abre a possibilidade das câmaras municipais contratarem diretamente a execução das construções escolares, o que vai permitir que os projetos das segunda, terceira e quarta fases da autarquia lisboeta sejam considerados "Projetos Especiais" e fujam ao Novo Plano nacional); 1956, 18 de outubro - estando concluída a terceira fase do Plano dos Centenários, a autarquia lisboeta dá início à edificação da terceira fase, orçada em 4.000.000$00, contempla os grupos escolares da Praça de Goa (v. IPA.00022025), com projeto já concluído, da Célula 8 do Bairro de Alvalade (v. IPA.00035374) e do Poço do Bispo, encomendado; 1957 - adjudicado o projeto de edificação do grupo escolar e fiscalização das obras ao arquiteto Luís Américo Xavier (1917 - 1996), por 2.711.664$00, na edificação deste grupo escolar são já consideradas algumas pequenas alterações entretanto introduzidas ao projeto tipo, assim, em cada escola passa a existir, para além das instalações já consideradas, uma secretaria, gabinete médico, as salas de aula veem as suas dimensões ligeiramente ampliadas (passam a ter 7 x 9 metros ou 8 x 8,5) a fim de se poderem substituir as tradicionais carteiras por secretárias individualizadas; é igualmente considerada a existência de um edifício de interesse local, contendo salão de festas / ginásio, com relativa independência face aos demais para poder ser usufruído pela população local que não escolar; 1957, 19 dezembro - é celebrada escritura para a empreitada de construção do grupo escolar com Albano Antão de Oliveira; 1958, 12 dezembro - é celebrado contrato para a empreitada de construção de uma biblioteca e salão de festas, junto ao Grupo Escolar do Poço do Bispo, com António da Silva; 1959 - ultimaram-se as instalações elétricas no grupo escolar e no edifício de interesse local, e executaram-se os acesso; 1959 - 1960 - projeto de ajardinamento e florestação; 1960 - são submetidos à apreciação da Comissão Municipal de Arte e Arqueologia os motivos decorativos realizados pelo escultor Raúl Xavier (1894 - 1964) para o grupo escolar do Vale Fundão; o mesmo autor realiza um baixo-relevo para o salão de festas / ginásio do grupo escolar, adjudicado por 25.000$00; 1960 - aquisição de secretárias individualizadas metálicas; 1960, 24 outubro - cerimónia de entrega do grupo escolar ao ministro da Educação Nacional, Francisco de Paula Leite Pinto (1902 - 2000); 1960, 25 de outubro - inauguração das bibliotecas anexas aos grupos escolares da Célula VIII de Alvalade, na Rua Teixeira de Pascoais, e do Poço do Bispo, esta última com recheio proveniente da extinta biblioteca do Palácio da Mitra; 1960, 14 e 25 de dezembro - realizam-se espetáculos no "Pavilhão dos Desportos" e salão de festas anexo ao Grupo Escolar do Poço do Bispo (Anais do Município, 1960); 1961, 14 novembro - é celebrado contrato para a realização da vedação do grupo escolar com Henriques & Pardal, Lda.; 1972, 28 novembro - o Decreto-Lei n.º 482/72, do Ministério da Educação Nacional, revoga o regime de separação de sexos, determinando que, a partir do ano letivo de 1973 - 1974, seja adotada a coeducação nos ensinos primário, preparatório e secundário, como forma de promover uma sã convivência entre rapazes e raparigas; a norma só se generaliza após a revolução de Abril de 1974; 2003 - 2004 - integra o Agrupamento de Escolas Marvila, constituído por três estabelecimentos de ensino, as escolas básicas do 1.º Ciclo Professor Agostinho da Silva e do 1.º ciclo com Jardim de Infância Dr. João dos Santos, e a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Marvila, escola sede; 2012, junho - é extinto o Agrupamento de Escolas de Marvila, passando estas a integrar o Agrupamento de Escolas de D. Dinis, que também reúne o Agrupamento de Escolas Damião de Góis, juntamente com as escolas básicas do 1.º ciclo e jardins de infância n.º 195 de Lisboa, Luíza Neto Jorge e Dr. João dos Santos, básica do 1.º Ciclo dos Lóios, básica dos 2.º e 3.º ciclos Damião de Góis e Secundária com 3.º Ciclo de D. Dinis, escola-sede. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Estrutura em betão armado e alvenaria de tijolo, rebocada e pintada; socos, revestimentos, degraus e pavimentos em cantaria calcária; caixilharias em metal. |
Bibliografia
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Anais do Município. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1957, p. 11; Anais do Município. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1958; Anais do Município. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1959; Anais do Município. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1960; BEJA, Filomena; SERRA, Júlia; MACHÁS, Estella; SALDANHA, Isabel - Muitos Anos de Escolas. Edifícios para o Ensino Infantil e Primário anos 40-anos 70. Lisboa: DGEE, 1985, vol. 2; FÉTEIRA, João Pedro Frazão Silva - O Plano dos Centenários as Escolas Primárias (1941-1956). Lisboa: s. n., 2013, dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; "As novas escolas primárias da cidade". Revista Municipal. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, jun. - set. 1955, A. 16, n.º 66, pp. 63 - 66; MARQUES, Inês Maria Andrade - Arte e Habitação em Lisboa 1945-1961: Cruzamentos entre Desenho Urbano, Arquitetura e Arte Pública. Barcelona: a.n., 2012, dissertação de doutoramento apresentada à Universitat de Barcelona. |
Documentação Gráfica
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Arquivo municipal de Lisboa (http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/). |
Documentação Fotográfica
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Arquivo municipal de Lisboa (http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/). |
Documentação Administrativa
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Arquivo municipal de Lisboa (http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/). |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Paula Tereno 2016 |
Actualização
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