Forte de Santa Catarina / Farol de Santa Catarina

IPA.00002711
Portugal, Coimbra, Figueira da Foz, Buarcos
 
Fortificação de forma triangular, forma desaconselhada pelos tratadistas por originar um ângulo muito agudo nas faces do baluarte. Esta forma é adoptada em Santa Catarina face às limitações do terreno disponível. Tem um farol integrado.
Número IPA Antigo: PT020605110006
 
Registo visualizado 5566 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

Planta triangular, apresentando no ângulo N. um meio baluarte e nos outros dois um baluarte cortado com faces em forma de cauda de andorinha; possui duas das bases das antigas cortinas, uma direita para N. e outra curva para S.. INTERIOR: no pátio subsistem pequenas casernas, um farol e a capela de Santa Catarina (v. PT020605110007).

Acessos

Figueira da Foz, Avenida de Espanha

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 44 075, DG, 1ª série, nº 281 de 05 Dezembro 1961

Enquadramento

Ergue-se no cume de pequeno outeiro a N. da foz do rio Mondego.

Descrição Complementar

Existe uma placa comemorativa com a seguinte inscrição: PADRÃO COMME- / MORATIVO DO 1º CENTE- / NARIO DO INICIO DA LUCTA / DOS POVOS DESTE CONCE- / LHO CONTRA O JUGO NAPO- / LEONICO, OS QUAES, SOB O COM- / MANDO DO ACADEMICO BER / NARDO ANTONIO ZAGALO E / ASSOCIADOS AOS VOLUN- / TARIOS ACADEMICOS E AOS / POVOS DE MONTEMOR E TEN- / TUGAL PUZERAM CERCO / A ESTE FORTE NO DIA 26 / DE JUNHO, OBRIGANDO-O A / RENDER-SE NO DIA SEGUIN- / TE / MANDADO FAZER PELA / COMMISSÃO ADMINISTRA-/ TIVA / FIGUEIRA DA FOZ 26-6-908 / A COMMISSÃO ADMINISTRATIVA

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Cultural e recreativa: monumento / Comunicações: farol

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Câmara Municipal da Figueira da Foz

Época Construção

Séc. 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 16, finais - início das obras da fortificação integrada nas linhas de defesa constituídas pelas fortificações de Buarcos e redondos; 1602 - saqueado por piratas ingleses; 1643 - D. João IV manda-o aumentar com uma cortina para assentamento de 15 peças; 1680 - encontrava-se em ruína, foi inspeccionada pelo sargento mor, Jerónimo Velho de Azevedo que avaliou a reparação em 600.000 reis, tendo o Conselho da Fazenda, mandado arrematar a obra em hasta pública, não se sabe se chegou a ser feita a reparação (ROCHA, António dos Santos, 1954); na 1ª invasão francesa é ocupado; 1808, 27 de Junho - foi retomado aos franceses, sob o comando do sargento de artilharia, Bernardo António Zagalo; 1822 - inspecção pelo coronel Luís Gomes de Carvalho do Nacional e Real Corpo de Engenheiros, que faz referência à necessidade de reparação "Precisa-se levantar os 3 merloens da Bateria, fazerem-se as 8 plataformas da mesma, concertar-se o telhado, paredes, portas e janellas da caza arruinada proxima ao Forte, e fazerem-se as tarimbas"; 1988 - instalação do farol; 1911, 4 Julho - uma casamata da bateria foi cedida provisoriamente ao Instituto de Socorros a Náufragos; 1930 , 01 Julho - parte da esplanada anexa ao forte é arrendada à Direcção do Ténis Club Figueirense; 1991 (c. de) - o farol foi desactivado, tendo perdido significado em termos de assinalamento marítimo; esteve patente no Forte uma exposição sobre a sua história, organizada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz; 2013, 14 agosto - inauguração das obras de requalificação da zona envolvente do forte, pelo Presidente da Câmara Municipal de Figueira da Foz, Dr. João Ataíde; 2015, 23 outubro - o edifício integra a lista de património a alienar pelo Estado; 2016, 16 outubro - abertura do forte ao público, após obras de requalificação; 2017, 04 janeiro - o imóvel é desafeto do domínio público militar, sendo autorizada a sua cedência de utilização, à Câmara Municipal da Figueira da Foz, mantendo a Marinha o acesso ao mesmo, sempre que se verifique necessário, conforme Despacho n.º 162/2017, DR, 2.ª série, n.º 3/2017; 15 dezembro - publicação do anúncio de procedimento de adjudicação do restauro das muralhas, em Procedimento 10475/2017, DR, 2.ª série, nº 240.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Bibliografia

CORREIA, Vergílio, GONÇALVES, A. Nogueira, Inventário Artístico de Portugal, Concelho de Coimbra, Lisboa, 1953; LARCHER, Jorge das Neves, Castelos de Portugal, Coimbra, 1935; ROCHA, António dos Santos, Materiais para a História da Figueira, Figueira da Foz, 1954; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74200 [consultado em 14 outubro 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/ DREMC

Intervenção Realizada

1957 - Obras de acesso e terraplanagem junto ao forte, para o futuro molhe norte do porto; 1964 - limpeza e iluminação; 1989 - instalação de um campo de voleibol e de mini-basquetebol na zona de protecção do forte; 2001 - obras de recuperação do farol (incluindo substituição integral da chapa e dos varadins); 2013 - obras profundas de requalificação da zona envolvente, recuperando a relação da zona com o rio e a praia.

Observações

Autor e Data

João Cravo, Horácio Bonifácio 1992

Actualização

Margarida Silva 2004
 
 
 
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