Moinho de Água da Abóbada / Moinho de Água de António Aleixo
| IPA.00025612 |
Portugal, Évora, Mora, Cabeção |
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Pequeno moinho de roda horizontal de submersão. Apresenta estrutura contrafortada, com paredes e cobertura, em abóbada, pétreas. A água era represada por açude a E. e conduzida por levada pétrea para a entrada dos caboucos a O.. O acesso era feito a N. por vão de verga recta, constituída por bloco único de pedra; na fachada oposta, uma janela rectangular, com molduras em aparelho misto de tijolo burro e pedra irregular, constituía a única fonte de iluminação. O interior, hoje quase totalmente cheio de areia acumulada pelas cheias da ribeira, divide-se em dois tramos separados por parede em aparelho pétreo, rusticado; ao centro rasga-se porta de comunicação de verga recta e molduras caiadas; a cobertura em abóbada quase plana é formada por grande lajes e blocos de pedra. Actualmente devido à vegetação que o encobre, confunde-se com o penedio da margem sendo visível apenas a partir de S.. |
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Número IPA Antigo: PT040707020057 |
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Registo visualizado 2283 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Extração, produção e transformação Moagem
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Descrição
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Estação de moagem composta por moinho, açude a E. e estruturas de apoio, a N., constando de casa do moleiro e cocheira, viradas à ribeira, localizadas a 50m da margem. Volumes simples, dispostos num único piso, massas dispostas na horizontal; coberturas já desaparecidas na cocheira e a casa do moleiro (que seriam em telhado de uma água) e em abóbada pétrea no moinho. MOINHO: planta longitudinal, rectangular, simples, disposta no sentido N. - S; fachadas e cobertura em aparelho rusticado e ciclópico alternando com fiadas de pedra miúda de travamento. Fachada principal a N., oposta à ribeira, de pano único, delimitado pelo que parecem vestígios de contrafortes; encontra-se quase totalmente soterrada pela acumulação de areias, encobrindo a porta de entrada*1 com verga recta constituída por lintel pétreo assente nas ombreiras formadas pelo próprio aparelho da fachada; no extradorso da abóbada são visíveis dois respiradouros circulares. Fachadas laterais completamente envoltas pela vegetação. Fachada posterior sobre a ribeira, de pano único, delimitado por contrafortes, o SO. bastante saliente, e o SE. saliente apenas em relação à fachada lateral e já parcialmente derrocado; no remate, em empena de abas curvas, fiada de blocos irregulares dispostos em cunha; janela rectangular, disposta na vertical, ligeiramente descentrada, com ombreiras em aparelho argamassado, de tijolo. INTERIOR: cobertura em falsa abóbada, constituída por grandes lajes pétreas, assentes nos blocos ciclópicos da parte superior das paredes; dois tramos conferidos por parede na qual se rasga porta de verga recta, com molduras caiadas, paredes laterais cegas; na parede S. a janela de vigia, rasgada na espessura do muro. |
Acessos
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Na rotunda a S. da povoação tomar a estrada para Avis; a 3,380Km virar à direita por caminho de terra batida; passando a cancela prosseguir em linha recta, para S., em terreno plano, por c. de 140m; continuar descendo em direcção à Ribeira de Seda; o moinho encontra-se a c. de 30m a SO.. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, fluvial, isolado, em magnífico enquadramento paisagístico, na margem N. da Ribeira de Seda. As estruturas de apoio localizam-se a meia encosta, tirando partido de plataformas naturais criadas pelos afloramentos rochosos; o moinho implanta.se em zona de areal, delimitado por penedia. Nas proximidades, seguindo o curso da Ribeira da Seda em direcção a E., encontram-se o Moinho do Madeira (v. PT040707040071), o Moinho da Arieira (v. PT040707040046) e a N., o Moinho do Duque (v. PT041203070066); para O., o Moinho de Entre Águas (v. PT040707020056). Predomina a vegetação arbustiva e montado, característicos do clima mediterrânico, com maior incidência para a Oliveira (Olea europaea), o Sobreiro (Quercus suber), a Azinheira (Quercus rotundifolia), o Oleandro (Nerium oleander) e a Alegra-campo (Smilax aspera); pontualmente o Agave (Agave atrovirens) e junto à casa do Moleiro a Figueira-da-Índia (Opuntia ficus-indica). O Moinho encontra-se quase completamente encoberto por vegetação, com destaque para o Oleandro e a Alegra-campo, impedindo o acesso a partir de terra. A nível da fauna encontramos, entre outros, o Javali (Sus scrofa), a Raposa (Vulpes vulpes), o Rato-de-cabrera (Microtus cabrerae), o Texugo (Meles meles), a Lontra (Lutra lutra); nas linhas de água vários anfíbios e répteis como a Rã-verde (Rana perezi), a Rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi), o Sapo-parteiro (Alytes obstetricans) e a Cobra-de-água-viperina (Natrix maura), bem como várias espécies aquícolas salientando-se o Barbo (Barbus) e o Pimpão (Carassius auratus); no campo da avifauna, destaque para a comunidade de rapinas, com populações numerosas de Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) e de Águia-calçada (Hieraetus pennatus), marcando presença também, na Primavera, a Águia-cobreira (Circaetus gallicus), o Bútio-vespeiro (Pernis apivorus) e a Ógea (Falco subbuteo); vários passeriformes, com destaque para os Chapins, Toutinegras, o Rouxinol (Luscinia megarhychos), o Rabirruivo-de-testa-branca (Phoenicurus phoenicurus), e ainda o Pica-pau-malhado (Dendrocopos major) e o Pica-pau-galego (Dendrocopos minor) entre outros. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: moagem |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 18 - 19 - provável data de construção do moinho; 1870, 17 de Julho - posturas da Câmara Municipal de Mora, revogando as anteriores, nas quais surge legislação vária relativa aos moínhos de água do Concelho, nomeadamente proibição de moer trigo nas pedras barroqueiras ( próprias para centeio ) ou de moer grão fora do concelho, bem como obrigação de todos os moleiros "de pé de mó, como os maquilões ( os moços que levavam a farinha ao domícilio ) ou carregadores", de prestarem fiança por todo o mês de Janeiro e obrigação dos forneiros de fornos públicos de cozerem o pão e "mais artigos precisos a toda e qualquer pessoa"; 1943 - consta na Carta Militar de Portugal, n.º 409. |
Dados Técnicos
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Estrutura contrafortada (moinho), estrutura mista (casa do moleiro e cocheira) |
Materiais
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Pedra, tijolo, madeira |
Bibliografia
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Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA, DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - em Novembro de 2001 a acumulação de areias chegava apenas a meia altura da porta, permitindo, o acesso, de gatas, ao interior. |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 2011 |
Actualização
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