Farol do Arnel / Farol da Ponta do Arnel

IPA.00011884
Portugal, Ilha de São Miguel (Açores), Nordeste, Nordeste
 
Arquitectura de comunicações, do séc. 19. Farol costeiro de planta centralizada, octogonal, composta por edifício para alojamento dos faroleiros, rasgado por vãos rectilíneos, ao centro do qual se ergue torre também octogonal, com varandim sobre modilhões.
Número IPA Antigo: PT072102040001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Comunicações  Farol    

Descrição

Planta octogonal composto por edifício formando como que dois tambores concêntricos, destinado a alojamento dos faroleiros, e torre igualmente octogonal disposta ao centro. Volumes escalonados com coberturas em terraço protegidas por guardas plenas rebocadas e pintadas. Fachadas igualmente rebocadas e pintadas de branco, com dois pisos separados por friso, terminadas em cornija e rasgadas por vãos rectilíneos. Torre octogonal, com 15 m de altura, terminada em varandim avançado, assente em modilhões equidistantes e com guarda vazada, com acrotérios no ângulos e capeada a cantaria; é encimada por cúpula envidraçada pintada de vermelho; a torre tem acesso a partir do edifício por porta em arco de volta perfeita e, superiormente, é rasgada por vãos em cruz latina. Nas imediações, possui um edifício anexo.

Acessos

Ilha de São Miguel; Rua da Nazaré

Protecção

Enquadramento

Orla marítima, isolado na ponta do Arnel, no extremo NE. da Ilha de São Miguel. Implanta-se numa escarpa rochosa sobre o mar, com plano focal a 66 m de altitude, sendo acedido por estrada de difícil acesso.

Descrição Complementar

O farol tem o nº nacional 604 e o nº internacional D-2640. O sistema iluminante é composto por óptica em cristal, direccional rotativa, de 3ª Ordem. O seu alcance luminoso é de 25 milhas (c. 46 km), com uma característica luminosa de relâmpagos brancos simples com um período de 5 segundos.

Utilização Inicial

Comunicações: farol

Utilização Actual

Comunicações: farol

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

MDN: Capitania do Porto de Ponta Delgada e da Direcção de Faróis

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1876, 26 Novembro - entrada em funcionamento do farol; 1929 - ampliação das instalações tendo em vista a electrificação e a passagem a farol aeromarítimo; 1936 - construção de mais duas casas de habitação para faroleiros; 1937 - mudança da fonte luminosa que passa a ser incandescência pelo vapor de petróleo; 1955 - electrificação, por meio da instalação de grupos electrogéneos, sendo a óptica substituída por um aparelho lenticular girante de 3ª ordem, pequeno modelo (375 mm de distância focal), dotado de painéis aeromarítimos, cuja rotação era garantida por um motor a gás, e incluía um sistema de substituição automática da lâmpada pela iluminação por acetileno; o seu alcance luminoso passa a ser de 21 milhas; 1990 - substituição da óptica por um pedestal rotativo com uma óptica de cristal de 3ª ordem, em consequência do abandono da utilização do gás acetileno como combustível; 1993 - electrificação.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; cornijas, frisos, modilhões degraus, soleiras e lancil em cantaria; plataforma e cimalha da torre em cimento armado; estrutura da cúpula em ferro; pavimento em mosaico.

Bibliografia

AGUILAR, J. Teixeira de, NASCIMENTO, José Carlos, Onde a Terra Acaba, História dos Faróis Portugueses, Lisboa, 1998; FURTADO, Eduardo Carvalho Vieira, Guardiães do Mar dos Açores: uma viagem pelas ilhas do Atlântico. s.l., s.e., 2005; GOUVEIA, Paula, Faróis resistem às novas tecnologias, Açoriano Oriental, 30 Setembro 2004, p. 2; http://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_da_Ponta_do_Arnel, Julho 2010; http://www.lifecooler.com/Portugal/patrimonio/FaroldaPontadoArnel, Julho 2010.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO. *1 - Inicialmente, o farol era equipado com aparelho diótrico de 2ª ordem, de luz branca fixa, apresentando clarões de 2 em 2 minutos, sendo o seu alcance luminoso de 18 milhas para a luz fixa e de 25 milhas para os clarões; a fonte iluminante era um candeeiro de azeite com bico de nível constante de 4 torcidas, tendo um consumo horário de 554 gramas. É guarnecido por 2 faroleiros.

Autor e Data

Patrícia Costa 2002 / Paula Noé 2010

Actualização

 
 
 
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